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sábado, 12 de março de 2011

 
 
décès de Roberto de Passoa (27)Nos amis Brésiliens nous informent du décès du premier parachutiste militaire du Brésil,Roberto de Pessoa,il était plus que centenaire.
Ci dessous la lettre de nos amis et quelques images de la cérémonie en l'honneur de l'Ancien.
 
Ami Michel
 
Envoi pour que tu connaisses comme est l'enterrement du premier parachutiste militaire du Brésil, Roberto de Pessoa.
Il avait plus de 100 d'âge et a participé de l'olimpiada en Allemagne et a fait le cours de parachutismes militaire aux USA.
À GRAFONSOS ce cadeau à travers le Capitan JB Rodrigues, qui a sauté joints dans le Panama et a appartenu l'Infanterie de Brousse dans l'Amazonie.

Accolades
  

Ami Michel
Envio para que conheças como foi o sepultamento do primeiro para-quedista militar do Brasil, Roberto de Pessoa.
Ele tinha mais de 100 de idade e participou da olimpiada na Alemanha e fez o curso de para-quedismo militar nos USA.
A GRAFONSOS este presente através do  Capitão JB Rodrigues, que saltaram juntos no Panamá e pertenceu a Infantaria de Selva na Amazonia.

Abraços

 
Vous pouvez voir d'autres images sur l'album:(pages 10 à 13)   Paras-Bresiliens Paras-Bresiliens
décès de Roberto de Passoa (23)


décès de Roberto de Passoa (22)
 
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domingo, 6 de março de 2011

“GAE”, A ELITE DOS COMANDOS ANGOLANOS

Por Miguel Machado • 12 Jan , 2009 • Categoria: 03. REPORTAGEM Print Print
Comandos angolanos na sua base em Cabo Ledo por ocasião de um exercicio da CPLP
Comandos angolanos na sua base em Cabo Ledo por ocasião de um exercicio da CPLP
O pesado helicóptero MI 17 de fabrico russo surge-nos a rasar a copa das árvores, fica em voo estacionário a cerca de 30 metros do solo e em escassos minutos um destacamento de acções especiais desce através do sistema “fast rope” e inicia o ataque ao objectivo.
Comandos angolanos
Em Cabo Ledo, 150 km a Sul de Luanda, este é mais um exercício do GAE, o Grupo de Acções Especiais das Forças Armadas Angolanas, criado, organizado e treinado com base na experiência da guerra civil angolana e na assessoria de “comandos” portugueses.
Portugal mantém-se activo na chamada Cooperação Técnico-Militar (CTM) no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). De Cabo Verde a Timor-Leste, passando pela Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique, militares portugueses apoiam, na linguagem oficial, “a organização, reestruturação e formação das Forças Armadas e respectivos militares”. Orientada sobretudo para aspectos ligados à organização e ao estudo, espera-se no entanto que tenha “um produto final” de tudo o que é feito nos ministérios, institutos, academias e estados-maiores respectivos. Em Angola por exemplo estão em curso 12 projectos de cooperação, sendo que 2 apenas se podem considerar directamente ligados à actividade operacional.
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Embarque de elementos do GAE num MI 17 da Força Aérea Nacional de Angola
O MI 17 aterra e dois oficiais do exército - um angolano e outro português - avaliam a acção que acabam de coordenar a bordo do helicóptero da Força Aérea Nacional de Angola.
Na unidade de elite onde nos encontramos, a Brigada de Forças Especiais (antigo Regimento e depois Brigada de Comandos), funciona o chamado “Projecto 4″ da Cooperação Técnico-Militar com Angola. Designado “Apoio à Brigada de Forças Especiais”, este é sem dúvida no contexto de toda a CTM, em todos os países, o local onde a acção dos assessores portugueses mais terá contribuído para um bom desempenho em combate de militares da CPLP.
Descida em "corda rápida" sob orientação de um assessor dos comandos portugueses
Descida em "corda rápida" sob orientação de um assessor dos comandos portugueses
Se a própria brigada não é de fácil acesso tendo sido desde sempre afastada dos holofotes mediáticos, mesmo depois de terminada a guerra, no seu seio existe uma força que apenas tem sido referida muito esporadicamente em publicações militares: o Grupo de Acções Especiais que agora o “Operacional” vos apresenta.
Anos de guerra
Na primeira linha da guerra civil os comandos, sedeados em Cabo Ledo, partiam para operações em todo o território e mesmo para acções pontuais nos santuários do inimigo, para lá das fronteiras norte e leste. Estas incursões ditaram a necessidade de criação de uma força que fosse a primeira a partir e precedesse o grosso da unidade.
Mesmo que não tenha sido muito frequente em Angola os comandos não esquecem que na guerra contra a UNITA houve combates em povoações
Mesmo que não tenha sido muito frequente em Angola os comandos não esquecem que na guerra contra a UNITA houve combates em povoações
Os comandos angolanos eram um misto de quadros com experiência de guerrilha e jovens recrutados para períodos de serviço militar que podiam prolongar-se por muitos anos. No período da guerra civil tivemos aliás oportunidade de ver, em Cabo Ledo, a juventude dos novos recrutas dos comandos angolanos que chegavam a ser lançados em combate mesmo no decurso do período de instrução. Era o que se poderia chamar “on job trainning”!
O desenrolar da guerra acabou por demonstrar que era necessário introduzir melhorias, quer no pessoal do ponto de vista técnico e táctico quer nos armamentos e equipamentos. Por outro lado as especificidades das operações anti-UNITA nem sempre exigiam o emprego de companhias ou batalhões. Por vezes o ideal era actuar com pequenos grupos.
Assim em finais de 1998, fruto das exigências da guerra e da observação de algumas unidades especiais ocidentais, e também por conselho dos assessores portugueses, surge o Grupo de Acções Especiais.
Selecção rigorosa
A brigada dispõe actualmente de 2 batalhões de comandos, 2 companhias de operações especiais, 1 batalhão de lança-foguetes múltiplos, 1 unidade logística e o Grupo de Acções Especiais. O GAE é composto por cerca de meia centena de homens e recruta os seus elementos na brigada.
Os candidatos sujeitam-se a testes médicos, físicos e uma prova cultural. Segue-se o curso de formação ministrado no próprio GAE, em Cabo Ledo, que tem a duração de 4 meses.
Assessor português acompanha a execução de um exercicio de rappel
Assessor português acompanha a execução de um exercicio de rappel
Um dos aspectos que no período de instrução, muito desgastante fisicamente, é acautelado diz respeito à alimentação. Por motivos de raiz cultural e económica a alimentação das populações rurais - muito à base da mandioca - tem pouco a ver com o que seria necessário e que os comandos incentivam: mais carne, peixe e legumes. Hoje os hábitos estão a mudar mas sobretudo nos escalões mais baixos da hierarquia isso ainda não é fácil de entender.
Depois do estágio básico para integrar o GAE os seus elementos têm acesso a especializações diversas: armadilhas com explosivos, topografia - muito importante a deslocação à noite que ainda comporta dificuldades entre muitos devidos a crenças e superstições -, transmissões, operações com helicópteros - um meio de transporte que em Angola está sempre presente - infiltração aquática.
O velho e robusto RPG 7 é uma arma temível e continua a ser usado um pouco por todo o mundo
O velho e robusto RPG 7 é uma arma temível e continua a ser usado um pouco por todo o mundo
A selecção do pessoal assenta em três vertentes: condição física que permita passar vários dias sem reabastecimento vivendo num clima muito difícil; nível cultural superior permitindo a utilização de novas tecnologias; condições psico-culturais que permitam o emprego com naturalidade de noite, no meio aquático e com meios aéreos.
Acções “comando”
O GAE dispõe de armamento ligeiro robusto e testado em combate, quer de origem ocidental quer dos antigos países de leste e equipamento moderno, nomeadamente, dispositivos de visão nocturna, GPS, rádios, telemóveis “Iridium”, telémetros laser, etc.
Os telemóveis “Iridium”, via satélite, foram no dizer de oficiais angolanos com quem falamos em Cabo Ledo, uma das chaves para o sucesso da operação de cerco a Savimbi. Depois de sucessivos fracassos, com estes telemóveis a detecção das comunicações pelos aliados da UNITA, que se tinha vindo a verificar, mostrou-se impossível.
Embora os responsáveis angolanos não gostem de falar abertamente sobre as operações levadas a cabo pelo GAE nos anos da guerra, ainda assim, lá vão dizendo que esta unidade estava apta a fazer missões em profundidade, sabotagens, e reconhecimento no “sector do inimigo”. Para bom entendedor…
Os assessores portugueses, muitos com experiência de vários teatros de operações, também aconselham sobre novos equipamentos a adquirir
Os assessores portugueses, muitos com experiência de vários teatros de operações, também aconselham sobre novos equipamentos a adquirir
Uma das modalidades de assalto posta em prática, incluía a intervenção do GAE para reconhecimento de zonas de aterragem de helicópteros, nas imediações de um objectivo que seria atacado pela brigada.
Outra das missões tipo do GAE, agora actuando isolado, consistia na sua infiltração em território hostil, por vezes trajando à civil, para efectuar destruições com explosivos, atingir alvos com as armas sniper ou retirar populações de áreas controladas pela guerrilha.
Comando do GAE. Usa além da insignia do GAE (à esquerda) a do Curso de Operações Especiais (ao centro) e a do Curso de Comandos.
Comando do GAE. Usa além da insignia do GAE (à esquerda) a do Curso de Operações Especiais (ao centro) e a do Curso de Comandos.
Na guerra como na paz
A guerra contra a UNITA acabou e a situação em Cabinda está sob controlo das Forças Armadas de Angola (embora os independentistas não tenham sido completamente aniquilados) mas a brigada continua a investir no GAE.
As transformações em curso nas forças especiais angolanas originaram reduções de efectivos, mas o GAE não foi afectado. Mantém-se uma unidade operacional e ainda fornece quadros bem treinados, sobretudo oficiais, às outras unidades da brigada. Este facto foi aliás notório no decurso do exercício «Felino 2004», organizado por Angola, tendo cabido a oficiais com o curso do GAE, a generalidade das acções de treino com os países envolvidos.
Em 2009 o desafio da brigada é criar as condições necessárias para ministrar localmente instrução de pára-quedismo. Com o apoio da Escola de Tropas Pára-quedistas do Exército Português está em curso o planeamento da criação desta instrução, em moldes semelhantes aos portugueses, e o desenvolvimento do transporte e lançamento de cargas via aérea, ambas importantes num extenso país como Angola. A capacidade de projecção de forças a grande distância ficará assim substancialmente melhorada, aumentando a nível nacional e mesmo regional as possibilidades de emprego dos comandos angolanos.
Na guerra ou em missões de paz, de modo autónomo ou no âmbito de uma força da CPLP para emprego com as Nações Unidas - como responsáveis portugueses declararam pretender durante o recente exercício “Felino 2008″ - o Grupo de Acções Especiais dos comandos angolanos permanece pronto.
Fim do dia junto a Cabo Ledo. Duas equipas do GAE posam para a foto com parte do seu equipamento e armamento ligeiro
Fim do dia junto a Cabo Ledo. Duas equipas do GAE posam para a foto com parte do seu equipamento e armamento ligeiro
A insignia do Grupo de Acções Especiais dos comandos angolanos, sem dúvida uma das mais raras e difíceis de alcançar nas Forças Armadas de Angola
(colecção Miguel Silva Machado)
(colecção Miguel Silva Machado)

PARAQUEDISTAS NOS CÉUS DA AMAZÔNIA

OPERAÇÃO AMAZÔNIA TREINA PARAQUEDISTAS DO EXÉRCITO BRASILEIRO

PARAQUEDISTAS NOS CÉUS DA AMAZÔNIA

OPERAÇÃO AMAZÔNIA TREINA PARAQUEDISTAS DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Oração do Paraquedista




(Esta oração foi encontrada por um General francês, no bolso de um Pára-quedista morto em ação. Passou a ser a oração oficial do Pára-quedista militar brasileiro, conforme Bol. Int. n° 7, de 17/01/1969, da Brigada Aeroterrestre.)


“Dai-me, Senhor meu Deus, o que Vos resta;
Aquilo que ninguém Vos pede.
Não Vos peço o repouso nem a tranqüilidade,
Nem da alma nem do corpo.
Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde;
Tantos Vos pedem isso, meu Deus,
Que já não Vos deve sobrar para dar.

Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que todos recusam.
Quero a insegurança e a inquietação,
Quero a luta e a tormenta.
Dai-me isso, meu Deus, definitivamente;
Dai-me a certeza de que essa será a minha parte para sempre,
Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.

Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que os outros não querem;
Mas dai-me, também, a coragem
E a força e a fé."

(Fonte: Brigada de Infantaria Pára-Quedista Brasileira)

sexta-feira, 4 de março de 2011

DISTINTIVO DO PESSOAL APTO A SERVIR NO DESTACAMENTO DE ACÇÕES ESPECIAIS (DAE)

Por Antonio Carmo • 26 Jan , 2009 • Categoria: 10. DISTINTIVOS, INSÍGNIAS E CONDECORAÇÕES Print Print
DESTACAMENTO DE ACÇÕES ESPECIAIS (DAE): BREVE ESCORÇO
Criada em 1985 por força do Decreto-Lei nº 196 de 25 de Junho, esta unidade especial da Marinha Portuguesa que hoje integra o Sistema de Forças Nacional foi activada, tendo presente «…a necessidade de colmatar uma particular lacuna de meios no cenário anfíbio e fazer face às responsabilidades que no domínio das missões da Marinha se vêm exigindo ao Corpo de Fuzileiros da Armada, prevenindo ainda nesta área possível solicitação de cooperação operacional no âmbito da participação militar portuguesa na NATO…».
Foi com este horizonte politico-militar(1), aliado à necessidade de dotar o Comando do Corpo de Fuzileiros de uma unidade «…com capacidade para executar acções, típicas e especializadas, no âmbito das operações anfíbias, e bem assim outras acções especiais  de natureza militar…» que o Governo Português decretou a constituição de um DESTACAMENTO DE ACÇÕES ESPECIAIS (DAE), na dependência do Comando do Corpo de Fuzileiros e integrando o seu dispositivo operacional, «…com a missão de executar acções, abrangendo, nomeadamente:
a) Em actuação isolada ou em apoio de outras unidades inseridas numa operação anfíbia, incursões anfíbias, reconhecimentos, sabotagem, destruições e remoções de obstáculos e outras acções, incluindo a utilização de cargas explosivas, próprias desse cenário operacional;
b) Operações de assalto e destruição de navios e plataformas sob controle de forças hostis ou em áreas potencialmente hostis, abordagem de navios suspeitos ou em infracção, e ainda de recuperação de elementos ou prestação de cuidados humanitários urgentes e plataformas ou locais de difícil acesso ou elevado risco;
c) Reconhecimento, destruição e inactivação de engenhos explosivos convencionais de âmbito terrestre em actividades de instrução, treino e intervenção operacional que lhes são próprias;
d) Realização de outras acções de âmbito das missões da Marinha face às quais o seu empenhamento, tendo em conta a respectiva preparação, se venha a mostrar adequado ou conveniente. »
O DAE, a partir de 1999, passou a poder integrar e participar numa Força Conjunta de Operações Especiais para actuar nos mais variados cenários de interesse nacional.
O DAE, a partir de 1999, passou a poder integrar e participar numa Força Conjunta de Operações Especiais para actuar nos mais variados cenários de interesse nacional.
PRIMEIRO DISTINTIVO ESPECIAL DO DAE
Devido ao alto grau de especialização que é exigido a todos os integrantes desta unidade especial da Marinha Portuguesa, e por a mesma não possuir qualquer elemento singular de identificação no seio do colectivo que a tutela (os uniformes e a boina são os mesmos em uso na classe de fuzileiros), dez anos volvidos após a sua criação, o Regulamento de Uniformes dos Militares da Marinha - RUMM (Portaria nº 1445-A/95 de 30 de Novembro) veio tornar realidade um “velho” sonho, aprovando oficialmente o primeiro distintivo especial para o DAE.
Assim, o Art. 276º - 1, aprova e define «…O distintivo do pessoal considerado apto para servir em destacamentos de acções especiais, conforme figura nº 288 (do RUMM), a usar, do lado direito do peito, no anoraque verde, no blusão azul, nas camisas azuis, na camisa de exercício, na camisola de lã azul e no dólman camuflado, é metálico, exibe o desenho e as dimensões (4,8 cm x 5,8 cm) com que consta na figura acima referida e dispõe, na face posterior, de um alfinete para fixação; o fundo é em esmalte branco, a legenda, os contornos das cercaduras e do mergulhador, a mina, o punhal e o alvo são amarelos, as linhas e o centro do alvo, os traços que dão relevo ao cabo e lâmina do punhal e o mergulhador são pretos, o núcleo da mina e a cercadura interior são vermelhos e a cercadura exterior verde. »
Primeiro distintivo do pessoal apto para servir em destacamentos especiais. (Col. do autor)
Primeiro distintivo do pessoal apto para servir em destacamentos de acções especiais. (Col. do autor)
Face posterior do distintivo onde se pode observar o alfinete para fixação.
Face posterior do distintivo onde se pode observar o alfinete para fixação.
O primeiro distintivo do pessoal apto para servir em destacamentos de acções especiais fixado "do lado direito do peito", conforme estipula o RUMM aprovado pela Portaria nº 1445-A/95 de 30 de Novembro.
O primeiro "distintivo do pessoal apto para servir em destacamentos de acções especiais" fixado do lado esquerdo do peito. No lado direito, este operacional do DAE exibe o distintivo de "especialização em Fuzileiro Especial". Curiosamente, o RUMM aprovado pela Portaria nº 1445-A/95 de 30 de Novembro, previa o uso destes distintivos de especialização no lado direito do peito.

DISTINTIVO ESPECIAL DO DAE EM USO
Este primeiro «distintivo  do pessoal apto para servir em destacamentos de acções especiais» manteve-se em uso pelos operacionais do DESTACAMENTO DE ACÇÕES ESPECIAIS (DAE) até 16 de Maio de 2005.
Em 17 de Maio de 2005, por força do Despacho nº 31 do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, e por «…necessidade de dotar o pessoal da classe de Fuzileiros em geral, e do Destacamento de Acções Especiais (DAE) em particular, com artigos de uniforme específicos adequados às diferentes situações…», e «…tendo em consideração o impacto e a importância para o pessoal do DAE  a simbologia que caracteriza as operações especiais em todas as suas actuais vertentes…» foi aprovado um novo distintivo do pessoal apto a servir no DAE(2).
Este novo distintivo já identifica com maior rigor o elemento característico das Operações Especiais - as asas - sendo o elemento Marinha representado pelo ferro tipo almirantado. Com este novo elemento identificador, os operacionais do DAE dispõem, agora, de um distintivo que os aproxima e ombreia com os distintivos utilizados por todas as forças de élite congéneres.
Actual distintivo do pessoal apto a servir no Destacamento de Acções Especiais. (Col. do autor)
Actual distintivo do pessoal apto a servir no Destacamento de Acções Especiais. (Col. do autor)
Face posterior do actual distintivo, onde se pode observar o alfinete para fixação com fecho.
Face posterior do actual distintivo, onde se pode observar o alfinete para fixação com fecho de segurança.
O distintivo do «pessoal apto a servir no Destacamento de Acções Especiais» foi confeccionado, na sua versão metálica(3), em duas peças independentes, sobrepostas, e fixadas por um parafuso de rosca. O alfinete para fixação é em aço inoxidável e, apresente um fecho de segurança.
Muito recentemente, os operacionais do DAE adoptaram uma versão em pano bordado, para uso exclusivo no uniforme camuflado, ficando a versão metálica reservada ao uso nos uniformes considerados “não operacionais”(4).
O distintivo do «pessoal apto a servir no DAE» na sua versão em pano, bordado, para uso no uniforme camuflado. (Col. do autor)
O distintivo do «pessoal apto a servir no DAE» na sua versão em pano, bordado, para uso no uniforme camuflado. (Col. do autor)
NOTAS:
(1)   Em 1995, o primeiro Curso de Operações Especiais no Meio Aquático para o Grupo de Operações Especiais de Macau, foi ministrado por um oficial fuzileiro pertencente ao DAE. Esta unidade teve participação activa nas seguintes missões: «COLADEIRA» - Bolama, 1990; «CRUZEIRO DO SUL» - Angola 1992; «FORREZ» - Zaire, 1997; «CROCODILO» - Guiné-Bissau, 1998; «FORREC» - República Democrática do Congo, 1998; «TARRAFO» - Guiné-Bissau, 1999; «INTERFET» - Timor-Lorosae, 1999/2000; «EUROFOR-CONGO» - República Democrática do Congo, 2006.
(2) No decorrer das comemorações do 20º Aniversário da activação do DAE (25JUN05) foram entregues a todos os operacionais desta unidade de élite da Marinha Portuguesa, o novo distintivo em substituição do anteriormente em vigor.
(3) A versão metálica do novo distintivo tem as seguintes dimensões: 6 cm x 3,5 cm.
(4) O Despacho do Almirante CEMA, nº 31/05, de 17 de Maio entrou em vigor no prazo de 60 dias após a sua publicação, e caduca com a publicação em DR da alteração à Portaria que aprova o RUMM.
SUPORTE DOCUMENTAL:
- Arquivo pessoal e colecção de distintivos e insígnias do autor.
- Portaria nº 1445-A/95 de 30 de Novembro.
- Despacho do Almirante CEMA nº 31/05, de 17 de Maio.
- Arquivo fotográfico de Luís Silva e Miguel Machado.

DISTINTIVO DO «CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS» DA PSP

Por Antonio Carmo • 3 Jun , 2009 • Categoria: 10. DISTINTIVOS, INSÍGNIAS E CONDECORAÇÕES Print Print
Pelas elevadas características técnicas e físicas a que todos os elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) são submetidos quando, voluntariamente, se oferecem para frequentar o Curso de Operações Especiais (COE), o distintivo de qualificação do COE é justamente considerado, por todos esses factores, um dos mais difíceis de alcançar, enchendo de orgulho todos aqueles operacionais que o ostentam nos seus uniformes.
É sobre a génese deste singular distintivo da PSP que hoje iremos abordar, apesar das mutações orgânicas e nominais que as unidades especiais da PSP têm sofrido ao longo das últimas duas décadas.
O GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE) da PSP foi criado pelo DL Nº 506 de 24 de Dezembro de 1979. (Foto de arquivo cedida pelo GOE via autor)
O GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE) da PSP foi criado pelo DL Nº 506 de 24 de Dezembro de 1979. (Foto de arquivo cedida pelo GOE via autor)
O GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE): PRIMEIROS PASSOS
Criado pelo Decreto-Lei Nº 506 de 24 de Dezembro de 1979, o GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE), unidade especial da PSP que pode ser utilizada em todo o território nacional, tinha (e tem, embora com outra orgânica) a missão de “…combater situações de violência, cuja actuação ultrapassa os meios normais de segurança e a colaborar com outras forças policiais na manutenção da ordem, na acção contra outras actividades criminosas, na protecção de instalações e na segurança de altas entidades…“.
Para integrar esta unidade especial da PSP, o pessoal foi recrutado, “…por voluntariado e escolha, entre o pessoal militar, policial e civil dos quadros orgânicos da PSP…”, com menos de 30 anos de idade, e ficando sujeitos a testes médicos, físicos e psicotécnicos.
Ultrapassados estes pré-requisitos, todos os voluntários para integrarem as subunidades operacionais do GOE frequentam o «CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS» (COE).
Constituído por um conjunto de matérias específicas visando uma elevada capacidade técnica e física, muito acima do que é exigido aos restantes integrantes da Polícia de Segurança Pública, todos os voluntários que o terminam com aproveitamento têm o direito de ostentar nos seus uniformes um distintivo especial e singular: o DISTINTIVO(1) DO CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS.
Ao longo da sua existência, o GOE já protagonizou algumas acções que evidenciaram o seu carácter de elevada operacionalidade. A acção mais conhecida nos meios internacionais foi o assalto à Embaixada da Turquia em Lisboa, em Julho de 1983, depois de um grupo terrorista arménio ter tomado esta representação diplomática. Porém, outras acções demonstrativas da sua versatilidade são conhecidas dos cidadãos portugueses, tais como a protecção a Embaixadas de Portugal no mundo, ou a neutralização de assaltantes com reféns. De Bagdad onde os atentados eram uma situação diária a Díli onde os poucos elementos do GOE presentes tiveram de acudir a largas dezenas de portugueses em perigo, passando por várias Embaixadas em África no meio de conflitos internos verdadeiramente sanguinários, esta função tem sido, muitas vezes, bem mais do que a protecção do Embaixador. O combate à criminalidade altamente violenta em território nacional, com a libertação de reféns e captura de bandidos ou a sua neutralização é uma outra vertente da sua actividade, mais intensa e pontual que a anterior, mas não menos arriscada. Muitas outras actividades do GOE não são do conhecimento público e é bom que assim permaneçam, mas não deixam de ser menos importantes.
Brasão de Armas da UNIDADE ESPECIAL DE POLÍCIA (UEP).
Brasão de Armas da UNIDADE ESPECIAL DE POLÍCIA (UEP).

UNIDADE ESPECIAL DE POLÍCIA (UEP)
Em 2007, através da Lei Nº 53 de 31 de Agosto, é publicada uma nova Lei Orgânica da PSP.
Posteriormente, a Portaria Nº 434 de 18 de Junho, em sintonia com o diploma já citado, definiu a estrutura dos comandos territoriais de polícia e aprovou as respectivas subunidades.
A grande novidade desta mutação organizacional(2) foi a criação da UNIDADE ESPECIAL DE POLÍCIA (UEP), uma unidade “…especialmente vocacionada para operações de manutenção e restabelecimento de ordem pública, resolução e gestão de incidentes críticos, intervenção táctica em situações de violência concertada e de elevada perigosidade, complexidade e risco, segurança de instalações sensíveis e de grandes eventos, segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades, inactivação de explosivos e segurança no subsolo e aprontamento e projecção de forças para missões internacionais…” que passou a assegurar o enquadramento administrativo e agregou cinco subunidades especiais:
- CORPO DE INTERVENÇÃO (CI);
- GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE);
- CORPO DE SEGURANÇA PESSOAL (CSP);
- CENTRO DE INACTIVAÇÃO DE EXPLOSIVOS E SEGURANÇA EM SUBSOLO (CIEXSS);
- GRUPO OPERACIONAL CINOTÉCNICO (GOC).
Apesar da nova unidade agregar cinco subunidades, a Portaria Nº523 de 18 de Maio de 2009 estabeleceu no seu artigo 2º, o seguinte:
“…1 - Os elementos que terminem com aproveitamento os cursos de formação e especialização ministrados pelas subunidades operacionais da UEP, independentemente das funções desempenhadas, têm direito ao uso em todos os uniformes do respectivos emblemas…”.
Regularizada esta situação referente aos distintivos (emblemas), verificamos que o distintivo do CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS permaneceu inalterável na sua génese, embora com uma ligeira alteração na sua designação que passou a ser “EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÂO MINISTRADO PELO GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE)”.
Documento histórico ilustrativo do estudo elaborado para a aprovação posterior do distintivo do COE. (Doc. de C.E.S. via autor)
Documento histórico ilustrativo do estudo elaborado para a aprovação posterior do distintivo do COE. (Doc. de C.E.S. via autor)
O DISTINTIVO DO CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (COE)
A ideia de criar um distintivo de especialidade para os operacionais do GOE esteve sempre presente no Comando desta unidade. Acresce que nos primeiros anos de formação, o GOE teve a colaboração de unidades congéneres estrangeiras, onde era visível um distintivo específico nos seus integrantes.
Os primeiros estudos para a criação de um “distintivo lusitano” começaram em 1981, tendo o mesmo estado sob a responsabilidade do Subchefe Principal Cipriano Esteves da Silva, um ex-militar pára-quedista e operacional fundador do GOE.
Após sucessivos estudos comparativos (ver imagem dos esboços e desenhos), o desenho do distintivo foi aprovado, tendo sido publicado na ORDEM DE SERVIÇO Nº 140 (I PARTE) - CG/PSP de 27 de Agosto de 1982, o seguinte texto:
“…(pág.665) - art. 3º - EMBLEMA DO C.O.E.:
Que, para conhecimento e devidos efeitos se publicam ao anexos A e B, do GOE, cujo teor são os seguintes:
ANEXO A
EMBLEMA DO CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
•1. - Em forma de “brevet”, a usar por todo o pessoal a quem seja averbado o Curso de Operações Especiais, sobre o peito do lado direito centrado imediatamente acima da patilha do bolso.
Nos primeiros anos, o distintivo do COE foi usado no lado direito. A partir de 1989, o Plano de Uniformes da PSP alterou o seu uso para o lado esquerdo por cima da portinhola do bolso. (Foto C.E.S. via autor)
Nos primeiros anos, o distintivo do COE foi usado no lado direito. A partir de 1989, o Plano de Uniformes da PSP alterou o seu uso para o lado esquerdo por cima da portinhola do bolso. (Foto C.E.S. via autor)
•2. - Constituído por duas asas em prata, em cuja zona central se sobrepõem sucessivamente:
- Uma explosão de fundo vermelho limitada por bordo a Ouro.
- Um punhal em prata posto em pala.
- Uma mira telescópica de fundo branco e referências a preto.
ANEXO B
JUSTIFICAÇÃO
AS ASAS - Simbolizam a rapidez e determinação na acção.
O PUNHAL - Constitui a simbologia tradicional “Comando”.
A EXPLOSÃO - Simboliza a capacidade de fogo e choque.
A MIRA TELESCÓPICA - Simboliza a precisão e meticulosidade da acção.
O OURO - Significa a riqueza e eloquência
A PRATA - Significa esperança e sabedoria.
O NEGRO - Significa firmeza e virtude.
O VERMELHO - Significa Valor, Ardil e Ânimo.”
EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÃO MINISTRADO PELO GOE. (Col. do autor)
EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÃO MINISTRADO PELO GOE. É usado no uniforme, na zona do peito, lado esquerdo, centrado acima do bolso. (Col. do autor)
Reverso do EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÂO MINISTRADO PELO GOE, onde se pode observar o tipo de alfinete de segurança para fixação nos uniformes. (Col. do autor)
Reverso do EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÂO MINISTRADO PELO GOE, onde se pode observar o tipo de alfinete de segurança para fixação nos uniformes. (Col. do autor)
Posteriormente, o Plano de Uniformes da PSP aprovado pela Portaria Nº 810 de 13 de Setembro de 1989, no seu art. 10º, 6) e) - (fig.88), veio reforçar o suporte legal deste distintivo.
De acesso restrito, os primeiros exemplares foram fabricados em metal sólido composto por duas peças estampadas em reverso liso independentes. É fixado nos uniformes com um alfinete de segurança.
Versão plastificada gravada a fogo sobre tecido negro que a Portaria Nº 523 de 18MAI09 designa por "material flexível". (Col. do autor)
EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO MINISTRADO PELO GOE: versão plastificada gravada a fogo sobre tecido negro que a Portaria Nº 523 de 18MAI09 designa por "material flexível". (Col. do autor)
Com a evolução dos uniformes, nos anos 90, foi autorizado o uso do distintivo do COE numa versão plastificada gravada a fogo sobre tecido negro que a Portaria Nº 523 de 18 de Maio de 2009, ao sustentar as duas versões, designa por “material flexível”.

NOTAS / SUPORTE DOCUMENTAL
(1) Embora na documentação oficial seja usado o adjectivo “EMBLEMA” que ao citar mantenho por uma questão de rigor, a terminologia adequada, tendo presente o objectivo do mesmo é, geralmente, “DISTINTIVO”.
(2) O objectivo principal deste texto é historiar resumidamente o DISTINTIVO DO COE, ou para usar a designação actual, o EMBLEMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÂO MINISTRADO PELO GOE.
- O.S. Nº 140 - CG/PSP de 27AGO82
- DL Nº 506/79 de 24 de Dezembro
- DL Nº 151/85 de 9 de Maio
- Estatuto da PSP
- Regulamento Interno do GOE/PSP
- Portaria Nº 810/89 de 13 de Setembro
- Lei Nº 53/07 de 31 de Agosto
- Portaria Nº 434/08 de 18 de Junho
- Portaria Nº 523/09 de 18 de Maio
- Todos os distintivos expostos são da colecção privada de ANTÓNIO E. S. CARMO.
N.A.: Um agradecimento muito especial ao CIPRIANO ESTEVES DA SILVA pela ajuda na reconstituição histórica do “nascimento” deste distintivo.

Contudo, para se atingir a plenitude do objectivo deste artigo, transcreve-se na íntegra o CAPÍTULO VI do mesmo Decreto:
«CAPITULO VI
Serviço nas tropas pára-quedistas
Art.15º. A especialização de pára-quedista ser+a conferida a todo o militar que conclua com êxito um período de instrução adequada no solo, seguido de um mínimo de dez saltos de avião.
§ único. As especialidades de instrutor ou de monitor pára-quedista serão respectivamente atribuídas aos oficiais e sargentos como tal classificados nos cursos respectivos efectuados em Portugal ou no estrangeiro.
Art.16º. Os militares habilitados com a especialidade de pára-quedista ficam sujeitos à seguinte obrigação de serviço nas tropas da especialidade:
a) Oficiais e sargentos - cinco anos;
b) Praças - três anos.
1958: cerimónia de entre do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar aos instruendos do 3º Curso de Pára-quedismo. Esta cerimónia teve lugar num recinto fechado devido às fortes chuvas que se fizeram sentir nesse dia. (Foto extraída do livro BCP/Ed. CTAT)
1958: cerimónia de entrega do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar aos instruendos do 3º Curso de Pára-quedismo. Esta cerimónia teve lugar num recinto fechado devido às fortes chuvadas que se fizeram sentir nesse dia. (Foto extraída do livro BCP/Ed. CTAT)
§1º. As praças que desistam do serviço nas tropas pára-quedistas, ou delas venham a ser excluídas por qualquer razão antes de passarem à disponibilidade, regressarão à arma ou serviço de origem.
§2º. As praças pára-quedistas na situação de disponibilidade poderão ser convocadas para períodos de instrução, executando os saltos que forem determinados; quando por qualquer razão deixarem de pertencer às tropas pára-quedistas serão transferidas para a arma ou serviço de origem, sendo esta transferência obrigatória sempre que as praças atinjam 28 anos de idade.
§3º. Até ao limite de 50 por cento do efectivo permanente será facultada a readmissão de praças especializadas. O limite máximo da permanência nas fileiras coincidirá com a data normal da passagem ao escalão das tropas licenciadas, em que as respectivas praças transitarão para a arma ou serviço de origem.
Art. 17º. Os oficiais, sargentos e praças durante o tempo de permanência nestas tropas, fixado pelo presente diploma, terão direito, mensalmente, às seguintes gratificações de serviço aéreo:
Oficiais…………1.000$00
Sargentos………..600$00
Praças……………450$00
§1º. Só receberão as gratificações anteriormente estabelecidas os pára-quedistas que no trimestre anterior ao abono tenham efectuado um mínimo de seis saltos comandados.
Os convocados para os períodos de instrução previstos no presente diploma serão abonados de gratificação das tropas pára-quedistas como se estivessem ao serviço.
§2º. Os oficiais e sargentos habilitados com a especialidade de pára-quedista ou com as de monitor ou instrutor e que não pertençam a qualquer unidade pára-quedista terão direito a 50 por cento da gratificação de serviço aéreo, se semestralmente efectuarem o número correspondente de saltos fixado no § 1º deste artigo.

Enfermeiras pára-quedistas com o primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar metálico. (Foto arquivo Miguel Machado e António Carmo)
Enfermeiras pára-quedistas com o primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar metálico. (Foto arquivo Miguel Machado e António Carmo)


Art. 18º. Os oficiais, sargentos e praças terão as mesmas regalias, no que se refere a aumento do tempo de serviço, alimentação e alojamento, que o pessoal navegante do serviço especial das forças aéreas.

Art. 19º. Aplicar-se-á às tropas pára-quedistas o disposto no artigo 1º do Decreto-Lei nº 33968, de 22 de Setembro de 1944, incluindo-se no cálculo a gratificação de serviço estabelecida para oficiais, sargentos e praças, servindo, quanto a estas normas, o que está regulado para as praças pilotos de aeronáutica.
Art. 20º. As tropas pára-quedistas usarão como fardamento de passeio o uniforme do pessoal do serviço geral das forças aéreas, com a bota de cano alto da fig. nº 3.
O barrete nº1 e o barrete de campanha serão substituídos pela boina verde do modelo da fig. Nº 4.
§1º. O pessoal especializado usará do lado direito, no peito e acima do bolso, o distintivo de especialidade constante da fig. Nº1 anexa - dourado para os instrutores e monitores e prateado para os restantes.
§2º. O emblema a usar do lado esquerdo da cobertura de cabeça é o constante da fig. Nº 2 anexa.
Art.21º. Os pára-quedistas serão anualmente sujeitos a um exame médico militar, que decidirá da sua aptidão ou inaptidão, temporária ou definitiva, para as tropas pára-quedistas.
§ único. Os oficiais instrutores e os sargentos monitores serão igualmente sujeitos anualmente a exame médico militar, que decidirá da sua aptidão ou inaptidão, temporária ou definitiva, para as respectivas funções e para as tropas pára-quedistas.
Art. 22º. Os pára-quedistas que se recusarem a saltar no espaço com pára-quedas quando lhes for determinado, além das sanções disciplinares que devem ter lugar, serão irradiados e perdem o direito aos distintivos, vencimentos e outras regalias que lhes estavam conferidas.
Art. 23º. Os oficiais e sargentos, durante o tempo de permanência nas respectivas tropas, serão excluídos das comissões de serviço para o ultramar fora das mesmas tropas.
Publique-se e cumpra-se como nele se contém.
Paços do Governo da República, 23 de Novembro de 1955. - Francisco Higino Craveiro Lopes. - António de Oliveira Salazar. - Fernando dos Santos Costa. - António Manuel Pinto Barbosa. »

Fac-simile parcial do Decreto nº 40395 de 23NOV55 que oferece suporte legal ao primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)
Fac-simile parcial do Decreto nº 40395 de 23NOV55 que oferece suporte legal ao primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)

O DISTINTIVO: ATRIBUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Os militares pára-quedistas formados em França e em Espanha quando regressaram a Portugal ostentavam os distintivos de qualificação pára-quedista dos respectivos países onde foram formados.
Porém, só após a publicação do Decreto nº 40395 de 23 de Novembro de 1955, é que os serviços logísticos da Força Aérea mandou fabricar o primeiro lote de distintivos de qualificação pára-quedista genuinamente português.
Esse esforço foi feito com o objectivo deliberado de os distintivos estarem prontos para poderem ser atribuídos no final do primeiro Curso de Pára-quedismo, ou seja, em 28 de Fevereiro de 1957.
Entretanto, deste primeiro lote de distintivos foram retirados 192 exemplares que foram entregues individualmente e nos respectivos pelotões aos «pioneiros».(2)
Assim, após a execução do 10º salto em pára-quedas, foram atribuídos os primeiros exemplares do distintivo de qualificação pára-quedista metálico, em cerimónia singela mas com elevado significado, a 1 oficial, 5 sargentos e 31 praças.
Embora tivesse sido usado um distintivo bordado a fio dourado, todas as outras versões do distintivo foram construídas em metal e com fecho de segurança tipo “alfinete”. Contudo a primeira versão, a mais popular, foi estampada com reverso-liso. Outras apareceram em circulação com o reverso estampado em contra-cunho e com ligeiras diferenças de construção entre a calote do pára-quedas e respectivos cordões que uniam as “asas” e a “Cruz de Cristo”.
Usado no «…lado direito, no peito e acima do bolso…», o distintivo detém as seguintes medidas oficiais: 7 cm X 2,5 cm.
Oficialmente vigorou na Força Aérea Portuguesa entre 23 de Novembro de 1955 e 6 de Fevereiro de 1961.(3)
Versão dourada do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)
Versão dourada do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)
Versão prateada do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)
Versão prateada do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. Apesar de aprovada oficialmente, nunca foi usada. (Col. do autor)
Reverso do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português - estampado reverso-liso. (Col. do autor)
Reverso do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português - estampado reverso-liso. (Col. do autor)
Variante do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português executada por um fabricante de Lisboa (Col. do autor)
Variante do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português executada por um fabricante de Lisboa (Col. do autor)
Primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. Versão estampada com contra-cunho. (Col. do autor)
Primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. Versão estampada com contra-cunho. (Col. do autor)
Primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. Versão estampada com contra-cunho, mas sem abertura dos cordões do pára-quedas. (Col. do autor)
Primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. Versão estampada com contra-cunho, mas sem abertura dos cordões do pára-quedas. (Col. do autor)
Reverso da versão estampada com contra-cunho. (Col. do autor)
Reverso da versão estampada com contra-cunho. (Col. do autor)
Versão bordada a fio dourado/prateado do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)
Versão bordada a fio dourado/prateado do primeiro distintivo de qualificação pára-quedista militar português. (Col. do autor)
NOTAS
(1) Entrevista de Miguel Silva Machado e António E. Sucena do Carmo ao MGEN/PARAQ (REF) ARMINDO MARTINS VIDEIRA, 1991.
(*) Todos os distintivos fotografados para ilustrar o artigo são da colecção privada de ANTÓNIO E. S. CARMO.
(2) Testemunho oral do Tenente-Coronel (REF) Albano Carvalho, “pioneiro” do pára-quedismo militar português.
(3) Nos últimos anos têm sido fabricadas algumas versões deste distintivo por membros das Associações de Pára-quedistas. Erro crasso nestes casos tem sido o facto de a maioria das cópias ou versões actuais não respeitarem as medidas e os padrões de fabrico da época.
SUPORTE DOCUMENTAL
- CARMO, António E. S., Distintivos de qualificação pára-quedista das Forças Armadas Portuguesas 1956-2008, Edição do Autor, 2008, Lisboa, ISBN 978-989-20-1065-6
- MACHADO Miguel e António Carmo, TROPAS PÁRA-QUEDISTAS - A HISTÓRIA DOS BOINAS VERDES PORTUGUESES 1955-2003, Editora Prefácio, 2003, Lisboa, ISBN 972-8563-97-3
- CARMO, António E.S., OS DOIS PRINCIPAIS SÍMBOLOS DAS TROPAS PÁRA-QUEDISTAS PORTUGUESAS: TRADIÇÃO E VOCAÇÃO, Opúsculo, Edição do Autor, 2006, Lisboa
- HISTÓRIA DAS TROPAS PÁRA-QUEDISTAS PORTUGUESAS - BCP - Vol.1, Edição do CTAT, 1999, Tancos