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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CAMUFLAGEM

O termo camuflagem vem de camoufler, palavra em francês que quer dizer "a véu cego." A camuflagem tem o objetivo de encobrir, ocultar ou disfarçar um objeto, da visão normal, de algo ou de alguém. Por iss a camuflagem tem o objetivo de esconder ou disfarçar a aparência de tropas, armas, navios, aviões, equipamentos, ou estruturas militares do inimigo.
Uniformes
A camuflagem não era muito usada antes do século XX pelos exércitos. As primeiras unidades que se tem notícia que usaram cores em sombras pardas de marrom e verde foram as unidades irregulares de esclarecedores do século XVIII nos EUA. Exércitos mais importantes relutavam em retirar suas cores até serem convencido pela dura realidade dos combates. Mas não eram poucos as forças militares que normalmente adotavam uniformes bem vistosos, com cores fortes, chamativas e até brilhantes.
O objetivo dessas cores era intimidar o inimigo, atrair recrutas, nutrir a coesão da unidade, e é claro permitir uma identificação mais fácil das unidades amigas durante uma batalha, pois era muito fácil em meio a tanta fumaça dos campos de batalha, um general perder as suas tropas de vista. Quando se adotavam pinturas, como no caso dos indígenas, elas eram mais para ressaltar os guerreiros e tinham muitas vezes aspectos religiosos.
O uso de penas e peles de animais (em especial de ursos, leopardos e leões) também era bem comum no passado. Porém se tinham exceções é claro, como por exemplo os ninjas, que não formavam uma força militar, mas adotavam normalmente o preto em toda a sua vestimenta, visto que a maior parte de suas ações de combate aconteciam a noite. Porém não podemos esquecer que em certas situações no passado, como emboscadas, os soldados procuravam se ocultar usando a vegetação. Mas nos grandes campos de batalha o comum era os generais ocultarem as suas tropas da visão inimiga, escondendo-as atrás de alguma colina ou em uma floresta.
Com o passar do tempo algumas cores básicas surgiram para substituir os uniformes brilhantes, como a cor vermelha, azul e verde. Um pouco mais adiante duas cores básicas foram adotadas pela maioria dos Exércitos, elas eram a cor verde e o cáqui. É bom frisar que o surgimento do rifle de repetição, das metralhadoras e de peças ligeiras de artilharia, também foram fatores que influenciaram a adoção de cores menos visíveis no campo de batalha, visto que o soldado usando cores chamativas podia ser visto a distância e atingindo aonde se encontrava pela exatidão do fogo inimigo, que tinha uma melhor alcance que os velhos mosquetes.
A primeira delas ficou conhecida como Rifle Green, que é uma precursora do material conhecido hoje como verde oliva. O uniforme verde foi adotado pelos carabineiros alemães recrutados entre os homens das florestas e os guarda-caças. Embora a cor verde não funcionasse muito para camuflar, ela estava mais associada simbolicamente as caçadas.
A segunda cor adotada nos uniformes como já falamos foi o cáqui. Os britânicos na Índia em 1857 foram forçados, devido as duras perdas, a tingir suas famosas túnicas vermelhas e calças brancas em tons neutros, inicialmente um lamacento bronzeado chamado cáqui (a palavra Urdu khak para 'empoeirado'). Isto a princípio foi uma medida temporária, porém tornou-se padrão no serviço das tropas na Índia em 1885, para todos o serviço no exterior em 1896 e padrão em todo Exército britânico na Segunda Guerra Boer em 1902, quando todos os uniformes de combate do Exército britânico foram padronizado neste tom.
Os Estados Unidos foram rápidos em seguir os britânicos, adotando a cor cáqui no mesmo ano. A Rússia seguiu, parcialmente esse tendência em 1908. O exército italiano usou grigio-verde ( "verde-cinzento") nos Alpes em 1906 e para todo exército em 1909. Os alemães adotaram o feldgrau ("campo cinzento") em 1910. Outros exércitos retiveram suas cores mais chamativas por mais algum tempo.
No começo da Primeira Guerra Mundial os franceses sofreram perdas pesadas porque as suas tropas usaram a cor vermelha em suas calças como parte de seu uniforme. Isto foi mudado em 1915, parcialmente devido a perdas e parcialmente porque a tintura vermelha era fabricada na Alemanha. O exército francês também adotou uma nova jaqueta "azul horizonte".
O exército Belga começou usando uniformes cáquis em 1915. Os franceses também estabeleceram uma Seção de Camuflagem (Departamento de Camuflagem) em 1915, encabeçada por Eugene Corbin e Lucien-Victor Guirand de Scévola.
Os peritos de camuflagem eram, na maioria, pintores (muitos deles cubistas), escultores, artistas de teatro e etc. Neste tempo os uniformes camuflados não eram fabricados em larga escala, cada um deles era modelado e pintado, e normalmente se destinavam a snipers, observadores avançados da artilharia e outros soldados envolvidos em serviços avançados.
Mais esforço foi posto em ocultar equipamento militares maiores e estruturas militares importantes. Isto porque na Primeira Guerra Mundial foi acrescentada uma nova dimensão da guerra, a guerra aérea e com ela a observação vinda do alto. Por isso o uso de redes camufladas foi importante para ocultar posições militares. Em meados de 1915 a seção francesa tinha quatro oficinas - uma em Paris e três mais perto da frente de batalha - produzindo inclusive lonas camuflagem.
A malha era pintada das mais variadas cores, conforme a necessidade. As unidades de "camufladores" também foram formados na Inglaterra (Seção de Camuflagem estabelecido em tarde 1916 baseado em Wimereux) e nos EUA (Sociedade de Camuflagem de Nova Iorque em abril de 1917, Companhia Oficial UM, 40º de Engenheiros em janeiro de 1918 e o  Corpo de Camuflagem de Reserva das Mulheres) e até também na Alemanha (onde se usou pintores expressionistas),  Itália, Bélgica e Rússia.
A camuflagem adicionada a capacetes era extra-oficialmente popular, mas estes não foram produzidos em massa até que os alemães começaram em 1916 a usar seus stahlhelme (capacetes de aço) em cores verde, dourada ou ocre. Coberturas com pano foram produzidas pouco antes do final da guerra, embora já fossem usadas por volta de 1914. As tropas especializadas, notadamente snipers, podiam receber vários itens de camuflagem, incluindo véus para a cabeça e rifles, e até uma roupa toda especial, surgida na Escócia, chamada gillies, que eram as primeiras ghillie suits.
No século XIX, a indumentária do Exército Brasileiro foi influenciada pelos portugueses. Foram adotados uniformes da época da Colônia e do Império. Com a Proclamação da República processaram-se grandes alterações. Surgiram os capacetes, os alamares postiços, as meias-botas e foram restaurados os vincos, as carcelas, as listras e as golas de cor.
Uma curiosidade é que o o primeiro plano de uniformes, lançado após a Proclamação da República e aprovado em 28 de novembro de 1889, em que a cor azul-ferrete dos uniformes do Império foi mantida nos fardamentos de todas as Armas. Entretanto, foram introduzidas substanciais modificações.
As cores das Armas, à época, eram: Infantaria – vermelho, Cavalaria – vermelho e branco, Artilharia – carmesim (vermelho vivo), e Engenharia – carmesim e branco. Em 1903 experimentou-se, pela primeira vez, o brim cáqui e, em 1908, os uniformes sofreram uma reformulação completa. Duas significativas alterações nos planos de uniformes do Exército, ocorreram em 1920 e 1931. Em 25 de agosto de 1920, foi estabelecida a coloração cáqui para a maior parte dos uniformes, o uso de “cintos-talabartes”, botas com esporas e perneiras.
Em 04 de dezembro de 1931, foram feitas modificações com a finalidade de “distinguir o Exército de qualquer outra coletividade e evitar a maior ou menor semelhança de seus uniformes com o de outras corporações, prejudicial ao prestígio do Exército e perniciosa à sua boa disciplina”. Entre as modificações estava a substituição dos galões (“laço húngaro”) dos uniformes dos oficiais por estrelas.
A semelhança aludida era referente ao fardamento das Forças Públicas Estaduais – atuais Polícias Militares – também cáqui. Nascia, assim, a cor verde-oliva para os uniformes do Exército. Os uniformes verde-oliva para distinguir nosso Exército permanecem em vigor, mesmo com as alterações efetuadas por ocasião da participação do Exército na Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do Exército dos Estados Unidos da América, pois neste conflito os brasileiros adotaram o modelo de uniformes americanos.
A primeira produção em massa de material militar de camuflagem foi o telo mimetico (' pano de camuflagem')  italiano padrão de 1929, que era uma rede que cobria um abrigo, uma idéia copiada pelos alemães em 1931. Com a produção em massa de tecidos camuflados, eles tornaram-se muito mais comuns, e puderam ser usados por soldados normais durante a Segunda Guerra Mundial, porque inicialmente a camuflagem era algo incomum, especial, para ser usada somente por unidades de elite.
O telo mimetico tem duas características especiais foi o primeiro tecido camuflado produzido em massa e o que teve o uso continuado mais longo, indo até 1990. É um padrão de três cores verde médio, vermelho-amarronzado e amarelo ocre. Originalmente fabricado para abrigos em 1937 foi destinado a produção de uniformes para os pára-quedistas italianos. 
Uniformes da Segunda Guerra Mundial





O Exército Vermelho emitiu termos padrões de uniformes camuflados para franco-atiradores em 1937, mas só foram de fato usados em larga escala quando começou a Segunda Guerra Mundial.
Os alemães tinham experimentado antes da guerra em algumas unidades do exército uma camuflagem splittermuster "padrão de lasca".
A pesquisa deste padrão foi financiada pelo partido Nazista em 1931. Esse padrão foi adotado em 1942 pelo Exército, um ano depois que a Luftwaffe o recebeu.
Porém o padrão geral dos uniformes alemães foi o feldgrau - field gray (verde acinzentado) até o final da guerra. Já o padrão geral das tropas de campanha da Luftwaffe era um uniforme azul acinzentado. As tropas panzer no início da guerra usavam uniformes negros e as tropas pára-quedistas passaram a usar uniformes camuflados a partir de 1941.
As unidades de combate Waffen-SS experimentaram vários padrões, incluindo o platanenmuster ("padrão de palma") de quatro cores criado em 1938, sumpfmuster ("padrão de paul"), erbsenmuster ("padrão de ervilha"), e também o telo mimetico usando tecido capturado das tropas italianas desarmadas em 1943 - as divisões 1.SS-Panzer-Division Leibstandarte SS Adolph Hitler e 12.SS-Panzer-Division Hitler Jugend que participaram do desarmamento dos italianos freqüentemente usaram este padrão. 
Os italianos como já vimos foi o primeiro pais a produzir tecidos camuflados em massa em 1929, o telo mimetico  de três cores. Em 1942 ele foi adotado nos uniformes de combate italianos.
Porém os italianos usam uniformes monocromáticos no deserto, e quando a Itália passou para o lado Aliado em  1943 suas tropas adotaram o modelo de uniforme americano do Exército na Europa.
Na verdade os alemães se tornaram uma referência em padrões de camuflagem, pois adotaram padrões variados baseados em árvores, folhas, etc. Pelo fim de Guerra em 1945 os alemães pretendia adotar para todas as tropas o padrão de leibermuster cinco cores, bem melhor, mas isso não foi possível. 
Os russos emitiram pedidos de fabricação de uniformes completamen te brancos em 1938, e começou um uso limitado de um tecido de duas cores tipo "amoeba" no mesmo ano. Este padrão foi usado até os anos 1950.
Durante a Segunda Guerra outros padrões foram usados incluído o "leaf" (1940), e o "TTsMKK" (1944) de três cores. Porém a maioria das tropas soviéticas usou uniformes monocromáticos marrons.   
Na Segunda Guerra o Japão adotou um uniforme monocromático cáqui mostarda. alguns tinham até alças especiais para ajudar a prende galhos de arvores nas operação nas florestas.
Os britânicos não usaram uniformes camuflados até 1942, quando adotaram a túnica camuflada Denison para os seus pára-quedistas. Porém a principio a Denison foi projetada para ser usada pelos homens do Special Operations Executive (SOE), que era responsável em treinar e coordenar operações de resistência nos países ocupados pelos nazistas.
O corte se assemelhava as peças de roupas normais de um trabalhador francês, e suas cores marrom não eram permanentes, podendo ser facialmente retirad as com uma lavagem, de modo que o pessoal do SOE podia se fundir com a população local, durante as suas fugas. Um segundo modelo da Denison foi projetada para as tropas pára-quedistas, Commandos e até o SAS também usou esta túnica. Esse modelo tinha cores permanentes, e foi adotado para substituir um traje pára-quedista que imitava o modelo alemão Knochensack ('sacola de osso'). A Denison continuou em serviço nas forças britânicas até o inicio dos anos 1980  
Após 1942  os britânicos foram bem pródigos na produção de material camuflado com o seu Camouflage Development and Training Centre localizado em Farnham Castle. Apesar disto os britânicos não tinham produzido uniformes camuflados em grande quantidade para o combate na selva, e os famosos Chindits lutaram com uniformes verdes oliva padrões. 
Em 1942, o Exército dos Estados Unidos emitido um pedido de um macacão com um tecido dupla fase camuflado para uso nas praias (ênfase na cor marrom) e selvas (ênfase na cor verde do Teatro do Pacífico. Pouco depois, os USMC emitiram um pedido semelhante para uso na selva. Apesar de pequenas diferenças nos uniformes, o tecido usado por ambos era praticamente o mesmo, com um padrão de camuflagem verde em um lado e um padrão marrom no outro.
Os dois padrões tinham cinco cores tipo 'caçador de pato'. Mas não eram muito eficientes, e só funcionava mesmo quando o soldado ficava imóvel. Os soldados reclamaram que o macacão era uma desvantagem quando se precisa desempenhar funções em que se devia usar pouca roupa, deixando os soldados vulneráveis a sanguessugas e espinhos. Por isso foram produzidas calças e túnicas camufladas nestes padrões pelo inicio de 1943, além de muitas outras peças incluindo cobertura para capacetes, abrigos, camisas, mochilas, etc. Muito marines as vezes usavam capacete e túnica camuflada.
Embora a camuflagem de selva dos EUA foi desenvolvida para uso no Teatro do Pacífico, ela também foi usada na Europa por algumas unidades, mas devido a sua semelhança com os padrões das Waffen-SS corria-se o risco de "fogo amigo" como aconteceu na Normandia. Esse  padrão também foi usado durante a Guerra da Coréia.
Os americanos também usaram outros padrões camuflados menos famosos no Teatro da Europa, especialmente com suas tropas de pára-quedistas e algumas unidades de infantaria. Porém na sua maioria os soldados que lutaram na Europa usaram uniformes de um só tom.
Pós-Guerra e Uniformes modernos
Com o fim da Segunda Guerra Mundial as pesquisas com padrões de camuflagem especialmente para os exércitos quanto para as marinhas de quase todo mundo continuaram. A União Soviética, França, Inglaterra e os Estados Unidos como líderes militares tomaram posse de muitas das pesquisas alemãs, inclusive sobre camuflagem, e por questões políticas, não adotaram abertamente os seus padrões, mas por certo esses influenciaram muito essas potências nos padrões que foram desenvolvidos depois por elas nas décadas seguintes.
Até pouco depois da Segunda Guerra Mundial o exército canadense usava uniformes semelhantes aos do Exército britânico, exceto por suas identificações nacionais e regimentais. 
Nos anos de 1960, seu uniforme de batalha foi substituído por um de cor verde-oliva com estilo mais similar ao dos EUA. Porém as forças aerotransportadas canadenses usaram o padrão britânico de camuflagem de 1975 a 1995.
Os italianos permaneceram com o padrão telo mimetico no pós-guerra por vários anos, mas adotando-se porém, diversas variações de cores. Os seus fuzileiros navais adotaram um padrão complexo de cinco cores chamado "Mediterranean spray" nos anos 1980. Em 1990 um novo padrão foi introduzido no Exército, um projeto de quatro cores inspirado no padrão "woodland" dos EUA. Uma versão para o deserto foi produzida em 1992.
Os Alemães Ocidentais adotaram duas versões do padrão "splinter" do tempo da Segunda Guerra, ele usava quatro cores e era chamado de BV-Splittermuster. Depois de várias experimentações foi escolhido em 1976 o padrão Flecktarn de cinco cores,que entrou em serviço nos anos 1980.
Os Alemães Orientais usaram uniformes baseados no Russisches Tarnmuster em 1956. Mas este foi substituído pelo padrão Flächentarnmuster de quatro cores (chamado às vezes "batata" ou "splotch") em 1959. Em 1965 o padrão Strichmuster de duas cores foi introduzido. O Strichmuster é um padrão muito simples de camuflagem, abrangendo traços curtos verticais de cor de terra um fundo field-grey. Na verdade as cores tendem a se misturar uma com a outra, mesmo em distancias pequenas. Obviamente, se esta cor 'misturada' era dissimuladar no fundo total, então uma silhueta humana ficaria irreconhecível.
O Governo da Alemanha Oriental quando decidiu apoiar as operações revolucionárias da SWAPO - South West African People's Organization e seu ramo militar, conhecido como Exército de Libertação do Povo da Namíbia, forneceu uma grande quantidade de uniformes com este padrão de camuflagem. Para esta razão, a Força de Defesa da África do Sul (South African Defence Force- SADF) possuía um pequeno número de uniformes com padrão idêntico, para uso em operações de contra-insurgência. 
Após a unificação das duas Alemanhas o padrão Flecktarn foi adotado. Outros paises como a Dinamarca, Bélgica e Áustria também adotam este padrão.
Quando em 1993 a República Federal da Alemanha contribuiu com pessoal militar para a UNOSOM I (Operações da Organização das Nações Unidas na Somália I), o Bundeswehr reconheceu a necessidade de um padrão de camuflagem para o deserto. O Wüstentarn ('camuflagem de deserto') foi desenvolvido para atender esta necessidade.
O Wüstentarn é essencialmente o mesmo projeto do Flecktarn, porém com o número de cores  reduzido de cinco para três. No Wüstentarn, o medium green substitui o black encontrado no Flecktarn, o brown substitui o rust-red, e o sand substituiu o dark green, grey green e o light green. As versões anteriores deste padrão eram mais cinzentas, enquanto os mais novos exemplos têm um tom mais avermelhado. O Wüstentarn parece ter sido a inspiração para T/99 dinamarquês de camuflagem do deserto. 
As Forças de Auto-Defesa do Japão não possuíam um uniforme camuflado padrão até os anos 1980, quando adotaram um padrão de quatro cores com variações verde-marrom as vezes chamado de "fang". Este padrão foi substituído em 1991 por um padrão muito parecido com o Flecktarn. Quando houve a Guerra do Golfo eles adotaram um padrão de seis cores similar ao chocolate-chip dos EUA.
Os franceses em 1953 testaram e passaram a usar um padrão de 3 cores chocolate brown e medium green com light green como fundo, a ilusão de uma quarta cor era criada onde os elementos marrons cortam os verdes médios. Foi chamado de de tenue de léopard, mas popularmente chamado de "lagarto", que possuía variações para o serviço na África e na Indochina.  Foi produzido inicialmente para as tropas pára-quedistas francesas, mas depois se espalhou por todo Exército francês. Mas depois da Guerra da Argélia em 1962 esse padrão só foi usado pela Étrangère de Légion (Legião Estrangeira francesa) em seus postos no exterior. A partir deste ano os franceses passaram a usar uniformes monocromáticos verde-oliva. Mas muitas nações adotaram variações do padrão "lagarto", como o Exército da República do Vietnam (Army of the Republic of Viet Nam -ARVN), Cuba Israel, Líbano e Portugal, para nomear alguns. Uma adaptação recente deste padrão foram os padrões russos conhecidos por "Tiger" e "Shadow".
Os franceses adotam com suas forças especiais, notadamente o 13th-URH 27 (Unité de Recherche Humaine) 27eme Brigade d'Infanterie de Montagne) e o 13 eme Régiment de Dragons Parachutistes uma roupa camuflada para missões de observação tipo "ghillie suit" nos estilo “chameleon” (camaleão). A roupa possui os padrões de camuflagem necessários no campo de batalha, além de proteções na parte frontal e nos braços para o rastejo. A roupa é produzida com várias opções de camuflagem para florestas, tundra, deserto, artico, etc. Usando um material chamado “Intrigue”, a roupa camaleão é feita com um sistema de acabamento a laser, refletor de infra-vermelho, diminuindo a transmissão de calor do usuário para fora da roupa. A roupa possui dobras e extremidades em forma serrilhada e a mão é coberta, deixando os dedos livres. A vantagem desta nova roupa é que pode ser vestida sobre o equipamento normal de combate ou outros específicos, ocultando as silhuetas das roupas normais.

Os britânicos usaram uniformes caqui até os anos 1960. Depois adotaram o "Pattern 1960 DPM" ("Disruptive Pattern Material") de quatro cores em 1969. Em 1970 o "Pattern 1968 DPM" foi admitido e pouco depois sua variante mais verde para selva. Os britânicos depois tiveram outros desenvolvimentos deste padrão com mais cores, Pattern 1984 DPM, Pattern 1994 DPM, Soldier 95, and Soldier 2000. Durante a Guerra do Golfo em 1990 o DPM de quatro tonalidades de marrom também era usado pelos soldados iraquianos, o que criou uma certa confusão. Após algum trabalho foi adotado uma versão de tonalidades de marrom.
No pós-guerra a camuflagem na União Soviética era sinal de tropa de elite. O famoso padrão KLMK (kombinezon maskirovochnyy letniy kamuflirovannyy) foi criado em 1968-69. Quando foi introduzido em serviço, o KLMK foi emitido primeiramente para o Bezopasnosti de Gosudarstvennoy de Komiteta de Voyska de Pogranichnyye (' Forças de Fronteira do Comitê para Segurança do Estado'; KGB—PV) e para o Soviet Sukhoputnyye Voyska (' forças terrestres). Mas este padrão foi rapidamente adotado pelo Voyska de Vozdushno-Desantnyye (' Forças de Assalto Aeroterrestre; VDV) e também pelas unidades Spetznaz do Upravleniye de Razvedivatel'noye de Glavnoye ('Diretório Geral de Inteligência'; GRU). O KLMK continua a ser usado hoje pelas forças armadas da Federação russa, embora agora esteja sendo usado principalmente por recrutas, tropas de engenharia e reservistas. Na verdade esse padrão do final de década de 1960 era uma versão muito simplificada do padrão exibido em  1961 para os pára-quedistas soviéticos. Vinha num modelo de um macacão de uma só peça.  Consiste em um padrão de cor creme e branco sobre uma base verde clara. Devido as suas cores podia ser usado no inverno e no verão. Era conhecido por 'sun ray', pela sua similaridade à luz solar que passa pela floresta. Podia ser invertido e usado em terreno com neve. Também podia ser usado em terreno arenoso como no caso do Afeganistão, pois havia muitas variações do mesmo. Entre os anos 1980 e 1990 padrões variados foram testados, em especial baseados nos "ERDL" e "woodland" dos EUA (como no caso do padrão russo TTsKO) e o DPM britânico.  O TTsKO, bem diferente de outros padrões de camuflagem soviéticos (tinham no inicio duas variações de cores oficiais: floresta e montanha-deserto), foi destinado primeiramente as tropas do VDV (pára-quedistas) e Spetznaz  do GRU em 1981. Em 1988 foi emitida uma variação para ser usada pela Infantaria Naval e outras variações para tropas da KGB e MVD, enquanto outras versões mais foram distribuídas para tropas paramilitares e forças de segurança. 
Após o colapso do regime soviético, em 1990–1991, os desenhistas do Exército russo experimentaram novos desenhos de camuflagem novos para o Vooruzhenyye Sily (' forças armadas). A mudança para um novo uniforme camuflado era incentivada, em parte, por um desejo de proporcionar as tropas russas uma imagem mais profissional; embora a confusão de unidades de terra russas com as forças de segurança adversárias em regiões como os Estados Báltico e Republica da Geórgia indubitavelmente também realçou a necessidade da mudança. O resultado foi o padrão Vooruzhennyye Sily Rossii ('Forças Armadas da Rússia'; abrev. VSR) que é uma série de uniformes de camuflagem, os quais foram emitidos primeiro em meados de 1991. Como o padrão soviético TTsKO, o VSR foi libertado inicialmente em duas variações de cores oficiais: floresta e montanha-deserto. Embora o VSR tenha sido originalmente planejado para uso pelo Sukhoputnyye Voyska, o VDV e o VVS, esse uniformes de camuflagem também são usados peçp r Ministerstvo Vnutrennikh Del ('Ministério do Interior; MVD), Spetsnaz e soldados do Federal'naya Pogranichnaya Sluzhba ('Serviço Federal de Fronteira'; FPS), operando na Chechenia.
Historicamente, o Ministerstvo Vnutrennikh Dela-MVD (Ministério do Interior da Rússia) usou muitas variantes de uniformes do Exército. Porém no início doa anos 1990 o MVD a usar padrões distintos. Entre estes estava a versão de quatro cores do uniformes de camuflagem no padrão floresta conhecido por KLMK ( kamuf­lirovan­nyy let­niy mas­kirovoch­nyy kombinezon) para uso de suas tropas especiais no sul do país. surgiram outras variantes, inclusive a MVD KKO (kom­plekt kamuf­lirovan­nogo ob­mun­dirovan­nogo Minis­terstva Vnutren­nikh Dela) específica para operações urbanas. Este padrão lembra uma variante dos EUA para ações urbanas. Normalmente membros do Glavnoye Upravleniye Okhrany (Administração Principal para Segurança) do MVD, e unidades privadas de segurança usam este padrão.
Os americanos em 1948 começaram a usar o padrão de quatro cores "ERDL". Ele foi usado no Vietnã, mas os uniformes verde-oliva monocromáticos eram bem comuns neste conflito. Outros padrões não-oficiais foram usados no Vietnã como o vietnamita "tigerstripe" e o padrão comercial "caçador de pato". O moderno padrão BDU surge em setembro de 1981, era um desenvolvimento do ERDL. O BDU usa duas tonalidades verde, uma de marrom, e uma de preto em uma mistura fibra sintética e algodão. Este padrão foi fabricado em quatro variantes: general (temperado), lowland (mais verde), highland (mais marrom), e uma padrão de transição (chamado de delta).
Durante a Guerra do Golfo os americanos usaram o famoso padrão de seis cores "Chocolate-Chip" projetado em 1962 e o "night-time desert grid". Ambos após a guerra foram descontinuados após 1991. Hoje muitos países africanos usam este padrão. Um novo padrão para o deserto foi adotado era o DBDUs (Deserto BDUs), usando uma camuflagem de três cores. É o que foi usado na Guerra do Iraque e do Afeganistão. O DBDU é mais comumente conhecido como Uniforme de Camuflagem do Deserto (DCU).

O desenvolvimento de padrões de camuflagem mais modernos e um desejo para se estabelecer uma maior identidade das forças surgiu nos projetos que visavam a substituição do BDU nos anos recentes. O Corpo de Fuzileiros Navais foi o primeiro em escolher um novo padrão. Este foi padrão MARPAT (Marine Pattern) gerado por computador. O MARPAT surgiu como um desenvolvimento do CADPAT canadense.
O US Marine Corps buscava um uniforme mais adequado para climas temperados e tropicais, e que ao mesmo tempo distinguisse-os dos demais ramos das Forças Armadas. Tendo acompanhado os testes finais do uniforme Canadense junto à OTAN, quando verificaram que o mesmo encaixava-se como uma luva em seus anseios, promoveram uma ligeira mudança nos tons das três cores utilizadas, bem como uma pequena alteração no padrão dos “pixels”, além da inserção de uma minúscula réplica do brasão dos Marines aproximadamente a cada meio metro de tecido, o que garantiu que não fosse necessário pagar “royalties” pelo uso do novo desenho. Também é disponível nas versões mata ou deserto, tendo sido adotado no ano de 2003.




























Outras mudanças significativas, que foram além das introduzidas no uniforme Canadense, são no aspecto funcional: como agora sobre o uniforme é necessariamente usar o colete balístico, os bolsos superiores da blusa tiveram os botões substituídos por velcro, a fim de evitar a abrasão e desconforto com o uso prolongado, assim prevenir o agravamento de ferimentos no caso de projéteis ou fragmentos atingirem a região dos botões ou próxima a eles; os bolsos ainda tiveram seu ângulo mudado de totalmente vertical para uma inclinação da abertura em direção ao centro do peito, de forma a facilitar o acesso com uma pequena abertura do colete balístico, sendo desnecessária sua abertura/retirada completa; os bolsos da parte inferior do uniforme foram removidos, pois, quando cheios, interferiam e limitavam a movimentação dada a interação com o colete balístico e o cinto; foram adicionados grandes bolsos na parte superior das mangas, com abertura inclinada para frente, de forma a facilitar o uso/acesso com colete balístico, bem como na posição de tiro deitado; os cotovelos e joelhos receberam bolsos internos para proteções acolchoadas substituíveis/removíveis, essenciais para preservar estas sensíveis partes do corpo no combate urbano, reduzindo a necessidade de aquisição de cotoveleiras e joelheiras de “skatista”, hábito que já estava se difundindo pelas tropas empregadas neste tipo de cenário.
Por fim o uniforme, feito de 50% algodão e 50% náilon, recebeu um tratamento para reduzir sua reflexão infra-vermelha. Aliás, cabe salientar que foram feitos exaustivos testes em ambientes com luz natural, artificial, de dia, à noite, ao amanhecer e entardecer, sob neblina, sob a iluminação de “flares” normais ou infra-vermelhos e com visualização por intensificadores de luz, para garantir a adequação da camuflagem e do material usados, sendo que o padrão digital na composição acima descrita superou todos os competidores.
Um programa do Exército também foi iniciado, e o novo uniforme foi adota em 2006 visando substituir o BDU pelo novo ACU (Advanced Combat Uniform). O ACU  do US Army é uma evolução do MARPAT dos Marines, sendo uma das principais diferenças a camuflagem, que usa apenas três cores (areia, verde e cinza) de modo a produzir um uniforme “universal” para uso em ambientes de mata, deserto ou urbano, sendo esta a única versão a ser produzida. Evitou-se o preto devido ao contraste que este apresenta para os intensificadores de imagem, e por não ser uma cor comum na natureza. Outra diferença, quanto ao aspecto prático, foi a substituição dos botões de fecho da blusa por uma combinação de zíper e velcro, pelos mesmos motivos expostos no caso do MARPAT dos Marines, que não atentaram para este detalhe.
Os bolsos do peito são ainda mais inclinados e os dos ombros ainda maiores, devido ao “feedback” da tropa. Os bolsos internos para cotoveleiras e joelheiras também estão presentes. A gola foi reduzida, tendo sido adotado um modelo mandarim, para não interferir ou ser desconfortável na interação com o colete balístico, ao mesmo tempo em que protege melhor a região do pescoço em matas fechadas. A distribuição à tropa começa em 2005, tendo sido oficialmente adotado em 2004. oficialmente O ACU é designado ARPAT
Os americanos, britânicos e canadenses observaram que bota de combate de couro e náilon era a parte do uniforme que mais dava contraste sob iluminação infravermelha ou com uso de intensificadores de imagem (NVG). Os canadenses passaram a utilizar a camuflagem CADPAT em toda a bota.
 Os americanos adotaram uma bota de cor neutra que servisse tanto para o deserto e para a selva de cor marrom-esverdeado, por ser uma cor muito mais natural que o preto e de fácil mistura com o meio ambiente, além de diminuir o reflexo infra-vermelho. Ela também é construída com a parte áspera do couro para fora, de forma inversa ao tradicional, pois descobriu-se que assim ela fica praticamente invisível à observação dos intensificadores de luz. O uso de graxa nos calçados, fonte de reflexo IV e de contraste para os OVN (óculos de visão noturna), foi obviamente proibido.
Este novo uniforme é moldado para ser usado no deserto, florestas, e situações de combate urbano. Em 2006 a Marinha do Estados Unidos implementou a adoção estilo floresta do ACU, com cores  light blue, dark blue and black. Em 2004 e 2005 a USAF experimentou mas rejeitou um uniforme estilo "tigerstripe" semelhante ao usado pelas Forças Especiais no Vietnã durante os anos 1960.
Foi informado pelo US Army que as unidades que estão no Afeganistão e as unidades que estão sendo enviadas para esse TO irão adotar o padrão de camuflagem MultiCam como oficial. O US Army já estava dando sinal que iria “aposentar” o seu padrão digital ACU pois certas unidades especiais já apareciam vestindo o MultiCam.
Os israelenses usam normalmente uniformes monocromáticos verde oliva, porém usam os padrões Woodland e Deserto BDUs, em muitas de suas operações. Inclusive em missões secretas dentro do Iraque durante a Guerra do Iraque em 2003, comandos israelenses usam este último padrão.
Os belgas adotaram o seu famoso e característico padrão 'jigsaw pattern' em 1958. Este padrão teve algumas variáveis. Na década de 1990 os belgas adotaram o padrão Flecktarn para suas tropas de pára-quedistas.
O padrão sueco de camuflagem é o famoso e característico M/90 que é um padrão de lasca que abrange quatro cores: verde escuro, azul-marinho escuro e verde médio num fundo bege muito leve. Embora a escolha da cor azul possa parece algo bem raro para um padrão tático de camuflagem, ela foi escolhida especificamente porque simula sombras. Na Suécia as tropas do Exército e da Flygvapnet (Força Aérea) usam este padrão. O M/90 também é adotado em alguns veículos. Os snipers suecos usam um uniforme chamado SOTCAS (Special Operations Tactical Suit) da Saab Barracuda que foi feito para diminuir as assinaturas térmica e radar, mantendo a leveza e agilidade. O traje pesa em torno de 2,9 kg completo sendo capaz de reduzir em até 80% a assinatura térmica de um soldado, fundindo-o com o meio ambiente que o circunda. O traje é usado por cima do uniforme de combate.
Os australianos usaram a fotografia aérea para determinar que cores e formas poderiam melhor ser usadas para criar um padrão de camuflagem que servisse nas condições originais da Austrália. Da informação colhida diversos padrões foram projetados e testados durante as décadas de 1970 e 1980. Finalmente se adotou o Disruptive Pattern Camouflage (DPC; também conhecido por ASCAM, OZCAM). Este é um padrão bem característico da Austrália. Adota o estilo "caçador de patos" de cinco cores (dark green, medium green, red-brown, tan e sand como fundo).
Atualmente, as forças canadenses usam uniformes de quatro geradas por computador CADPAT, com padrões para deserto (usadas no Afeganistão) e floresta e deserto. O CADPAT (Canadian Disruptive Pattern) teve sua pesquisa e desenvolvimento iniciada em 1995, com distribuição às tropas para testes em 1997, quando foi adotado. A conversão em massa para o novo uniforme começou em 2001, após estudos científicos da OTAN terem considerado-o o melhor padrão de camuflagem para clima temperado e tropical disponível à época, tendo sido demonstrado que tal padrão de camuflagem reduz em 40% a possibilidade de detecção visual a uma distância de 200m.


O uniforme tem um padrão de “pixels” em dois tons de verde, um de marrom e mais o preto, formando desenhos
descontínuos que dão noção de profundidade variável ou tridimensionalidade, dificultando a identificação positiva dos contornos de uma pessoa. Por ter este padrão em “pixels”, ficou conhecida como camuflagem digital. É produzido em duas versões: para regiões de mata e para regiões desérticas. O processo de produção exige alta capacidade tecnológica da indústria têxtil, pois para ser eficiente, é necessário que os “pixels” sejam perfeitamente quadrados, o que não ocorria com as versões iniciais, quando a tinta aplicada ao tecido espalhava ou manchava, formando padrões arredondados, o que diminuía a eficiência do padrão. 
Nos anos 1980 os franceses rejeitaram um padrão de camuflagem devido a sua similaridade com o flecktarn alemão.Com a Guerra do Golfo em 1990 se adotou o padrão para o deserto "Daguet" de três cores. Um padrão europeu de quadro cores foi adotado em 1991.
A África do Sul tem muitos tipos de terrenos, das florestas verdes nas regiões centrais de Natal, às áreas áridas do semi-deserto de Northen Cape. O padrão de camuflagem 'Soldier 2000', desenvolvido pelo Conselho para Pesquisa Industrial e Científica (abbrev. CSIR), foi projetado para ser um padrão 'universal', eficiente em todos os tipos de terrenos, estações diferentes, tanto de dia quanto de noite. É uma camuflagem de cinco cores, abrangendo remendos de folhas e manchas pequenas de verde médio, verde escuro, verde claro e marrom escuro num fundo de marrom terra.
Após a Segunda Guerra Mundial o Exercito brasileiro continuou adotando uniformes monocromáticos verde-oliva, testando alguns padrões de camuflagem, mas nada extensivo. Isto até meados da década de 1980 quando foi adotado como padrão o uniforme camuflado 4º A-2,no qual a cor predominante também é a verde-oliva. Devido a imensidão do território, poderíamos muito bem ter 5 ou 6 tipos de camuflagem nos uniforme do EB, em vista das variações geográficas. Mas em virtude de uma questão logística e também operacional, além de econômicas, o EB optou em adotar para todas as suas unidades este padrão de camuflagem em três tons de verde e um terra; este padrão atende, genericamente, à todas às variações da flora do país. O padrão do Corpo de Fuzileiros Navais e dos Batalhões de Infantaria da FAB (Binfs) seguem mais ou menos este mesmo padrão, a despeito do CFN utilizar uma tonalidade terra mais "aguada" e a variação da tonalidade do verde ser mais opaca, ao passo que a FAB implantou o azul só mesmo para diferenciar sua infantaria. Na verdade atualmente, no EB existem, três padrões de camuflagem nos uniformes. Eles são o padrão em verde e terra, o caqui da infantaria de caatinga e um terceiro, da unidade de guerra química-bacteriológica, em vários tons de marrom/bege/caqui.
Hoje a produção de novos padrões de camuflagem devem levar em consideração. A camuflagem individual pode ser considerada mais importante que a blindagem pois não se pode atingir o que não pode ser visto. Os uniformes modernos estão usando padrões digitalizados para aumentar a furtividade visual. Mas a camuflagem individual pode ser leve e barata. Pode ser tão simples como uma roupa suja.

A camuflagem de floresta é a mais fácil de fazer pois o soldado pode se esconder na vegetação. No deserto é mais complicado pois geralmente está em local aberto. Na cidade o problema é a proximidade com o inimigo. Os modelos de camuflagem civil são feitos para áreas especifica de caça e são bem eficientes. Os modelos militares são planejados para operarem em várias regiões e nem sempre são eficientes.

O uniforme não é usado apenas para evitar detecção, mas também para identificação. A padronização do uniforme e equipamento das tropas é uma forma de identificação. É um dos objetivos dos desfiles militares saber quem é o amigo. Porém, sempre ocorre algum tipo de pequena alteração para ter algum tipo de conforto ou facilitar alguma tarefa.
O olho humano é um sensor fantástico e é o meio mais usado para detectar o inimigo. Esconder do olho humano é o principal tarefa do controle de assinatura. Para quem está envolvido com vigilância, aquisição de alvos e missões de sniper, é de muita importância ser invisível. Os snipers (caçadores no EB) usam roupas chamadas de " ghillie suit", formada de camadas de trapos ou rede em cima do uniforme. Quem quer passar grande período deitado, pode diminuir a quantidade de trapo no joelho e abdômen onde ocorre muita fricção.
A pele exposta reflete a luz e ainda pode chamar a atenção do inimigo. Até mesmo a pele muito escura, por causa de  seu óleo natural, reflete a luz. A camuflagem de face é usada para camuflar a pele, usando uma combinação de cores que é aplicada em um padrão irregular. Áreas brilhantes (testa, maçãs do rosto, nariz, orelhas e queixo) são pintadas com uma cor escura e áreas de sombra (ao redor dos olhos, debaixo do nariz e debaixo do queixo) são pintadas com uma cor clara. Além da face, pele exposta na parte de trás do pescoço, braços e mãos também são pintados. Não são camufladas as palmas das mãos porque normalmente se usam sinais de mãos para comunicação, e estas devem ser visíveis. As camuflagens padrão são: verde escuro e verde claro para áreas com vegetação verde; areia e verde claro para áreas de vegetação seca; diferente cores claras para neve (o mais usado é um gorro branco que protege do frio). A cor negra está sendo evitada por facilitar a detecção de intensificadores de imagem (óculos de visão noturna).  
Todas as pinturas faciais não só devem prover proteção, mas também tem que obter aceitabilidade dos soldados (não deve irritar a pele e visão ou provocar problemas se entrar na corrente sangüínea por cortes na face). Os critérios para as maquilagens são durabilidade com o passar do tempo, resistência à transpiração, facilidade de aplicação e remoção; o material usado para camuflar o corpo também não deve diminuir a sensibilidade natural, ser quase inodoro e não deve irritar a pele (como a graxa); e os desenhos devem ter compatibilidade com os equipamentos, principalmente com a camuflagem do uniforme. 
Contra aparelhos infravermelhos é utilizado pó compacto com objetivo de reduzir todo o brilho possível e reter calor (espectro infravermelho) para ser confundido com o meio; é utilizado com roupa especial para esse fim. O pó compacto não elimina totalmente o espectro infravermelho, mas uma camuflagem bem feita chega perto do aceitável.
Operações em florestas nativas (notadamente Ásia e América do Sul, principalmente Amazônia) correm o risco de baixas causadas por doenças transmitidas por insetos (febre amarela e dengue por exemplo), neste caso as tinturas faciais também devem possuir propriedades repelentes de insetos, já que a aplicação de repelentes sobre a camuflagem é descartada pela natureza solvente destes; o resto do corpo fica coberto pela farda. O importante na camuflagem facial é a técnica, uma face mal feita pode chamar mais atenção que a face nua. Geralmente são disponíveis em estojo tipo batom ou bastão. Uma coisa importantes a considerar [é que o fato de o homem estar se camuflando cuidadosamente representa um ritual de preparação para o combate, período no qual o combatente orienta o seu pensamento para a sua necessidade mais premente, a sobrevivência individual.
A silhueta e tamanho do capacete são importantes para camuflar por ficarem constantemente expostos durante a observação visual. Os israelenses usam uma touca cuja deformação esconde a forma do capacete. Geralmente são usadas uma rede  onde se aplica vegetação local para esconder a forma e dar textura, técnica que não funciona em terreno desértico ou urbano.
O equivalente das técnicas de forma e materiais absorventes de radar das aeronaves furtivas são as técnicas S e M (Shape, Surface, Shine, Silhouette, Shadow, Spacing and Movement) das tropas terrestres. Não faz muito sentido tentar esconder a assinatura radar de um alvo fixo como uma base aérea e basta deixar um blindado parado para não ser detectado por um radar MTI.
As táticas das aeronaves furtivas também tem seus equivalentes na guerra terrestre através das técnicas CCD (camouflage concealment deception - camuflagem, ocultação e despistamento). As técnicas CCD tem o objetivo de diminuir a probabilidade de detecção pelo inimigo. A maioria das técnicas é barata e simples de implementar, sendo muito útil para defesa ou como medida contra inimigo mais forte. As técnicas são complementares com o ocultar a presença, fundir com o fundo, atrapalhar a identificação, alterar a forma e contorno ou característica e usar alvos falsos como isca.
As técnicas furtivas terrestres também seguem os princípios da cadeia de destruição (Kill Chain) formada pela detecção, acompanhamento, identificação e engajamento. Um soldado deve evitar ser detectado pelo inimigo, se não conseguir deve evitar ser acompanhado, também deve evitar ser identificado e se não der certo deve sobreviver ao engajamento. A disciplina de luz, barulho, movimento e uso de camuflagem são as principais armas para evitar detecção. A dispersão é de uso freqüente para evitar a destruição de várias unidades de uma só vez em caso de ataque, principalmente de artilharia.
Os intensificadores de imagem se baseiam na técnica de pegar a luz natural, da lua ou estrelas, que ao atingir um catodo no óculos é convertido em energia elétrica. A energia elétrica é multiplicada ao atingir uma placa. A energia amplificada atinge uma tela de fósforo (como uma tela de TV) onde a imagem é focada e pode ser vista pelo olho humano. O alcance chega a 800m com lua cheia nos modelos de OVN de última geração (terceira geração) contra 200m sem OVN. A camuflagem do combatente deve dar proteção contra os OVN e deve se basear em cores que refletem a luz residual (luar e estrelas principalmente) na mesma intensidade que o fundo. Como mostra a foto, o reflexo das cores variam de acordo com o material e cor. Luvas, bandoleira, cintos, cotoveleiras e joelheiras, capacete, mochila e arma podem ser facilmente notados se não tiverem preparo adequado. A lona molhada, iluminada por luz IR no NVG fica muito escura. As cores escuras são ruins para conter os OVN pois não refletem a luz e dão contraste escuro. As camuflagens escuras no rosto e armas escuras aparecem facilmente. Até a sombra pode denunciar a presença. A camuflagem noturna deve ser a mesma da camuflagem diurna, com a vantagem de não precisar trocar e nem levar kit adicional. Uma tropa avançando a noite com rosto com camuflagem escuro pode ser detectada como pontos escuros se movendo na mata. O campo de batalha atual já está sentindo a presença da ameaça dos óculos de visão noturna. Soldados americanos no Afeganistão enfrentaram insurgentes equipados com modelos de OVN semelhantes.
Estar camuflado apenas não basta, o soldado precisa levar em consideração algumas questões sobre sua movimentação em combate. Por exemplo:
1) Fundos. Fundos são importantes, e o combatente deve se misturar com eles o máximo possível. As árvores, arbustos, grama, terra, lama e estruturas artificiais que formam o fundo variam em cor e textura. Isto torna possível para o soldado se misturar com eles. Deve-se selecionar árvores ou arbustos ou outros fundos para se misturar com a camuflagem e absorver a sua figura. O soldado deve sempre considerar que o inimigo pode conseguir observá-lo.
2) Sombras. Um soldado é facilmente visto ao ar livre em um dia claro, mas nas sombras é difícil de ser visto. As sombras existem na maioria das condições, dia e noite e em vários ambientes. Sempre que possível a movimentação deve ser feita nas sombras.
3) Silhuetas. Uma silhueta baixa é mais difícil de ser vista pelo inimigo. Então, o soldado deve se manter abaixado, agachado ou deitado a maior parte do tempo.
4) Reflexos brilhantes. Refletir a luz é quase que suicídio. Uma superfície brilhante chama a atenção imediatamente e pode ser vista a grandes distâncias. Por isso todas as superfícies brilhantes devem ser camufladas de forma criteriosa. Deve-se ter muito cuidado com óculos e lentes de binóculos.
5) Linhas do horizonte. Podem ser facilmente vistas figuras na linha do horizonte de uma grande distância, mesmo a noite, porque um esboço escuro se salienta contra o céu mais claro. Uma patrulha deve usar a cobertura do terreno e só cruzar áreas abertas apenas nos pontos mais estreitos.
6) Alterar de esboços familiares. Equipamentos militares e o corpo humano são esboços familiares ao olho humano. O soldado propositadamente alterar essas silhuetas ou disfarçá-las usando por exemplo capas de camuflagem (ghillie suit). Deve-se também sempre que possível alterar os seus esboços da cabeça às solas das botas.
7) Disciplina de ruídos. De nada adianta a mais perfeita camuflagem se os soldados não guardam silêncio. Um simples ruído ou barulho da voz humana pode ser detectado pelo inimigo. O soldado deve manter o silêncio o máximo possível, comunicando por sinais ou toques, e só falando quando extremamente necessário em tom baixíssimo e com a absoluta certeza de que o inimigo não poderá escutar nada. 
Hoje a camuflagem não é apenas destinada às necessidades militares do terreno, tempo e condições de luminosidade, ela também simboliza a identidade nacional dos exércitos. São muitos os projetos exclusivos que esboçam padrões próprios de cada nação. Hoje os padrões de camuflagem gozam de um forte apoio também de aficionados militares, é já virou até moda civil, caindo no gosto popular.
Aviões
Com exceções limitadas, os aviões militares fizeram pouco uso da camuflagem na Primeira Guerra Mundial, mas depois desse conflito, estudos demonstraram o valor de se usar o cinza leve ou azul nas superfícies inferiores de uma aeronave para fazê-lo menos visível do chão, e tons variáveis de terra ou tons de mar nas superfícies superiores para dificultar a sua visualização de acima. Para operações a noite o melhor era o preto simples. 
Durante a Segunda Guerra Mundial ficaram famosos os Hurricanes, Spitfires e Lancastes britânicos  com suas partes superiores camufladas com tons de verde e marrom. O Comando de Bombardeiros e o Comando de Caças da RAF camuflou a maioria de seus aviões com este esquema, o Comando Costeiro por razões obvias usou cores em tons azul claro e cinza.
Os aviões da Marinha Americana receberam em sua maioria um tom azul marinho nas partes superiores e azul claro nas inferiores, ou variações destas cores. Porém a maior parte dos caças da Força Aérea do Exército dos EUA não foram camuflados com tons variados, mas normalmente usaram o esquema mais simples de Olive Drab nas partes superiores, sobre Neutral Gray nas inferiores. Alguns bombardeiros receberam camuflagem de cores mistas, mas até certo ponto esta foi discreta.
A medida que os Aliados assumiam a supremacia nos ares da Europa os bombardeiros americanos, como muitos dos seus caças P-51, não eram mais camuflados, ficando com seu alumínio natural amostra. Alemães, japoneses e italianos (Reggia Aeronautica), além dos russos também camuflaram vários de seus aviões, fossem eles do Exército, Força Aérea ou Marinha. Os alemães para variar, adoraram esquemas de camuflagem bem interessantes e quase infinitos, seguindo o padrão RLM, que vem da abreviatura de ReichsLuftfahrministerium (Ministério da Aeronáutica do Reich). Os nossos P-47 da FAB usavam a camuflagem.
 
Durante a Segunda Guerra Mundial, além de ser ocultar equipamentos militares autênticos, se procurou também enganar o inimigo com equipamentos falsos, como blindados de borracha. Por causa dos bombardeiros se buscou também camuflar alvos civis, tais como refinarias, fábricas, etc. Nos EUA, na Califórnia, uma fábrica de aeronaves inteira, sumiu sob um povoado artificial construído em seus telhados. As vezes alvos falsos, simulando refinarias, que mediam poucos metros de altura eram construídos a alguns quilômetros dos alvos verdadeiros, para confundir os bombardeiros noturnos. Durante a batalha da Inglaterra na segunda guerra mundial, os britânicos usaram despistadores Starfish que eram sites próximos a cidade que criavam incêndios quando a cidade era atacada. O objetivo era desviar os alemães do alvo principal durante os bombardeiros noturnos.
O uso de despitadores como meio de enganar o inimigo é uma forma de camuflar o poderio armado. Despistadores infláveis pode ser usados também como alvos em treinamento. Um despistador realistas podem ser inflável, esqueleto com baixa fidelidade com lona, forma em poliurenato ou plástico, e multiespectral, com assinatura adiciona IR e ou radar adicional. O realismo dos despistadores depende do tempo para analisar. Um caça atacando um blindado tem poucos segundos para observar o alvo e qualquer despistador serve. Para um analista de imagem, o despistador precisa de muito realismo como rastro dos veículos.
A assinatura visual é minimizada aplicando à aeronave uma pintura camuflada que dificulte sua detecção no meio em que ela opera, e operando-a neste meio. Por exemplo, o F-117A é pintado de preto porque voa à noite. Caças de superioridade aérea, tais como o F- 16 e o F-15, são pintados de tons de cinza porque voam a grande altura, onde o azul do céu e o branco e o cinza das nuvens são o pano de fundo do cenário em que desempenham seus papéis. Aeronaves de ataque ao solo são geralmente camufladas em tons de verde, marrom ou areia, porque voam próximo ao solo e seus oponentes (caças inimigos) estarão a procurá-las de uma altura maior. 


Uma camuflagem interessante era a dos Aggressors (Agressores) dos EUA da época da Guerra Fria. Eram esquadrões que tinham um padrão bem característico de cores em geral Azul (Federal Standard - FS 35414), Azul Médio (FS 35164) e Azul Escuro (FS 35109) ou Amarelo Areia (FS 20400), Marrom (FS 30140) e Verde Floresta (FS 34079), para citar algumas variações que lembravam as camuflagens dos caças e aviões de ataque de países do leste europeu e oriente médio.
Um esquema muito famoso, e usado pela FAB é o  South East Asia - SEA (sudeste asiático). Ele foi adotado por algumas aeronaves da FAB (F-5E BASC, Bufallo, Hercules, UH-1H, Esquilo, Super Puma, Pantera, Bandeirante, Tucano, Xavante). Este esquema envolve as seguintes cores: FS-34079 Field Green, FS 34102 Light Green, FS 30219 Tan e FS 36622 Grey.
Os famosos caças F-16 usam uma camuflagem de superioridade aérea bem característica onde as cores são todas em Cinza claro azulado, sendo as partes ventrais em Cinza fantasma Claro (Light ghost gray - FS 36375), incluindo também os mísseis Sidewinder; Parte dorsal da proa, empenagem vertical, suporte dos mísseis Sidewinder (dorso e ventre), parte externa das aletas ventrais e sobre a entrada de ar em Cinza fantasma escuro (Dark ghost gray - FS 36270); Partes dorsais da fuselagem exceto na proa em Cinza azulado (Gunship gray - FS 36118) e radomo em Cinza neutro (Neutral gray - FS 36320).








Veículos blindados
A Primeira Guerra Mundial viu surgir os blindados e já neste conflito muitos deles foram camuflados como os famosos Renault FT-17, mas foi durante a Segunda Guerra Mundial foram muitos os veículos camuflados Tanto os Aliados quanto o Eixo optaram por camuflar seus veículos. Na África do Norte nos combates do deserto tantos alemães, italianos, quanto britânicos camuflaram os seus veículos com tons de areias. Durante o inverno, principalmente alemães e russos, camuflavam os seus veículos blindados de branco. Nesta guerra tanto os Aliados quanto as nações do Eixo buscaram camuflar uniformes, veículos e aeronaves conforme o terreno ou clima quando suas tropas combatiam no deserto ou durante o rígido inverno. 
Na África do Norte as unidades equipadas com o Matilda usaram um dos mais interessantes esquemas de pintura da Guerra do Deserto. Baseava-se nos padrões de camuflagem de navios na 1ª Guerra Mundial, visando falsear a silhueta do tanque e assim confundir os artilheiros inimigos. Empregava dois tons de Cinza, Verde, Marrom ou Azul Claro (possivelmente obtidos dos estoques da marinha) sobre a cor "Desert Sand" normal. Porém, esse esforço foi quase anulado quando os tanques receberam os painéis pintados de branco com uma faixa vertical vermelha, em preparação para a "Operação Crusader". Caminhões do LRDG foram pintados de um cor-de-rosa, pois se descobriu que esse tom no deserto é muito bom para camuflagem. Hoje em dia o SAS britânico usa esse tom em alguns de seus carros para operações no deserto. 
A primeira camuflagem usada pelos blindados alemães do Afrika Korps no deserto foi lama, a qual costumava sair com o desgaste normal das ações, deixando aparente a cor original em "Dark Gray". Embora fossem emitidas instruções de camuflagem para algumas áreas específicas (como no Alasca, por exemplo), os veículos que lutaram na África do Norte não receberam nenhum tipo de pintura oficial de camuflagem. Devido a isso, os tripulantes dos tanques americanos  decidiram improvisar com lama, cobrindo a cor "Olive Drab", da mesma forma que os alemães dois anos antes.
Os blindados adotados pelos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial eram todos de origem americana e adotavam a sua camuflagem padrão "Olive Drab". Após a Segunda Guerra Mundial a camuflagem adotada pelo EB foi dois tons, marrom e verde. Mas muitos blindados tem somente a pintura verde-oliva.
Os militares devem ter uma preocupação constante com os veículos e armas pesadas, inclusive com suas emanações térmicas, buscando-se no ambiente as ocorrências naturais e artificiais preexistentes que poderão confundir-se com as atividades militares em desenvolvimento. Por exemplo: se existir uma vila próxima à área de estacionamento, dispor as viaturas formando figuras geométricas semelhantes à disposição das casas, de forma que uma imagem infravermelha irá estabelecer a dúvida quanto à verdadeira posição da vila; não posicionar os meios em terreno plano e sim em depressões ou próximos a dobras do terreno, de vegetações e outros acidentes naturais, de forma a que as redes de camuflagem não apresentem contornos nítidos em relação ao horizonte, mas sejam colocadas como complemento da vegetação existente ou dando continuidade aos movimentos do terreno.




Navios


A principio no mar, a camuflagem tinha pequenos propósitos. Mas volta de 1890 os franceses e alemães pintaram seus navios de cinza, e em 1903 os britânicos seguiram o exemplo. O uso alemão de submarinos na Primeira Guerra Mundial promoveu o aumentou da necessidade da camuflagem. Um número de conselheiros navais e artistas argumentaram que navios literalmente não podiam ser escondidos mas que padrões de camuflagem pintados neles podiam confundir o inimigo quanto ao tamanho e a direção de um navio. Depois de muito debate, os britânicos adotaram o padrão "dazzle painting" com cores e formas vistosas. Depois da guerra, as marinhas britânicas e americanas abandonaram a camuflagem, mas retornaram a esse padrão outra vez na Segunda Guerra Mundial.
Hoje são poucas as embarcações camufladas. Eles normalmente se resumem a lanchas rápidas, lanchas de desembarque e pequenas embarcações de patrulha. Os padrões sãos os mais variados. Os Seals usam lanchas rápidas para as suas missões que adotam tons de azul claro.
 
Camuflagem hoje
Muitas das práticas visuais de camuflar da era da Segunda Guerra Mundial tem ainda sua relevância hoje, mas as novas tecnologias de visão termal infravermelha e visão noturna requer também que os soldados estejam cientes das assinaturas de calor deles mesmo, de  seus veículos e suas instalações. Camuflar hoje deve ser mais do que se ocultar dos olhos do inimigo. As modernas redes de camuflagem, aliás, são eficazes em uma larga faixa do espectro de radiação eletromagnética, inclusive infravermelho).
Embora radares cada vez mais avançados tenham diminuído a importância da camuflagem em aeronaves, ela ainda é muito empregada. Naturalmente, num sentido, certas contramedidas de alta tecnologia fornecem um tipo de camuflagem eletrônico para confundir e distrair o radar inimigo ou sensores infravermelhos, ou, no caso da tecnologia stealth, reduzir a visibilidade da aeronave ao radar. Com os avanços da tecnologia num passo rápido, a camuflagem moderna agora devem levar em conta questões importantes como a visão térmica infravermelha, ao lado que se deve pesquisar novos padrões visuais gerados por computadores. 
Stealth no idioma inglês significa "reserva", "discrição", ou "furtividade". Uma "aeronave furtiva" é um veículo aerodinamicamente sustentado projetado para locomover-se no espaço aéreo sem ser facilmente "percebido" por sistemas de detecção e defesa que lhe são hostis. A primeira aeronave assim chamada foi o caça-bombardeiro F- 117A, o famoso "caça invisível" da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Este avião teve seu batismo de fogo em 1989 durante a "Operação Justa Causa", quando os Estados Unidos atacaram o Panamá, e ganhou fama durante a Guerra do Golfo. O F-117A fora erroneamente designado como F-19 por especuladores, na época em que era tratado como um segredo militar. Ao F-117A seguiu-se o bombardeiro B-2, e o caça F-22 ganhador do programa "Advanced Tactical Fighter"/"Caça Tático Avançado"). O conceito de minimização da probabilidade de detecção é empregado, em graus variados, no desenvolvimento de praticamente toda aeronave de combate, mas isto não significa que nelas seja empregada a tecnologia stealth. Mas, o que caracteriza uma aeronave deste tipo? Existem sete maneiras, ou "assinaturas", pelas quais a presença e a identidade de uma aeronave pode ser revelada: assinatura radar; assinatura infravermelha; fumaça do escapamento; assinatura visual; trilha de condensação; emissões eletromagnéticas; e emissões sonoras. Uma aeronave furtiva é uma aeronave construída especificamente para que suas assinatura radar e, eventualmente, infravermelha, sejam mínimas.
O futuro reserva para o mundo a camuflagem ótica, como vista no no filme de ficção científica "Predador", onde soldados serão capazes de se adaptar ao ambiente dinamicamente, tornando-se assim verdadeiros camaleões.
Apêndice
Camuflagem X Mimetismo
Os mecanismos da caça e defesa são dois importantes fatores no desenvolvimento de qualquer espécie. Em alguns casos as estratégias, tanto para capturar a presa como para defender-se de outro predador, podem utilizar os mesmos elementos.

O Mimetismo é um dos mais conhecidos mecanismos sendo utilizado por milhares de espécies. Normalmente confundido com camuflagem, o mimetismo tem "efeito" contrário onde o princípio é a exibição ou desorientação e não a dificuldade de localização.

A melhor definição de mimetismo é a de Vane-Wright, de 1980, "mimetismo envolve um organismo (o mímico), que simula propriedades sinalizadoras de um segundo organismo vivo (o modelo), as quais são percebidas como sinais de interesse por um terceiro organismo (o operador), de tal modo que o mímico ganha em aptidão como resultado do operador identificá-lo como modelo".

Em outras palavras para determinadas espécies existem mais "vantagens" de serem facilmente detectadas do que passarem desapercebidas. Para isso "imitam" outras, tirando algum tipo de proveito disso. 

Um dos exemplos mais clássicos de mimetismo é o que ocorre entre as Cobras-Corais e as Falsas-Corais. A cor vermelha representa, uma "mensagem" de alerta. Ou seja, as corais (as Falsas-Corais e diversas outras espécies azuis, amarelas) ao invés de se camuflarem no ambiente fazem exatamente o contrário, se "exibem". É uma "maneira" de "causa aversão" ao predador:  "Cuidado estou aqui e posso ser perigoso!".

As controvérsias entre quais as espécies que são os modelos e quais outras são os mímicos (imitadores) são secundárias quando observamos o grande nível de seleção evolutiva deste tipo de mecanismo que envolvem padrão de cor e, muitas vezes, também de comportamento.

Os mecanismos da caça e defesa são dois importantes fatores do desenvolvimento de qualquer espécie. O fenômeno do mimetismo envolve um organismo (o mímico) que simula propriedades sinalizadoras de um segundo organismo vivo (o modelo ), as quais são percebidas como sinal de interesse por um terceiro organismo ( o operador), de tal modo que o mímico ganha em aptidão como resultado do operador identificá-lo como modelo.

Um caso clássico de mimetismo militar foi o que ocorreu na Ofensiva das Ardenas em dezembro de 1944. Os alemães transformaram vários de seus tanques em blindados "americanos" como estes Panzer PzKpfw V Ausf. G Panther, que foram modificados para se parecerem com destruidores de tanques M-10 do Us Army.

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