ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS - A ORIGEM
No ano 1071 os turcos mulçumanos tomaram Jerusalém. Na Europa, a Igreja Católica organizou expedições militares em direção à Terra Santa, com o objetivo oficial de reconquistar os territórios sagrados de sua religião. Essas expedições foram denominadas Cruzadas, pelo fato de que seus peregrinos usavam uma cruz nas vestimentas e bandeiras.
No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros.
Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade.
A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários se sustentavam através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados. Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar-Religiosa
do mundo.Suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais.
Os soldados templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política européia. Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários atuais.
Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário.
Assim, seus bens estavam seguros da ação de saqueadores.
O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.
As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII, comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar com tais objetivos já não era necessária.
Neste mesmo período, o Rei Felipe IV - O Belo - comandava a França. Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários.
Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores.
O monarca usaria sua influência para que o religioso se tornasse Papa.
Por sua vez, Beltrão de Got se comprometeria a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado.
No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.
O processo inquisitório contra os Templários se estendeu por vários anos sob
torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e
conspiração com infiéis. Por volta do dia 20 de setembro de 1307 Filipe VI
enviou cartas lacradas a todos os senescais do reino com ordens expressas
de que somente fossem abertas na noite de quinta-feira 12 de outubro.
Quando as cartas foram simultaneamente abertas, a ordem expressa do rei resumia-se em:
os Templários são acusados de graves heresias e crimes.
Na madrugada de sexta-feira 13 de outubro de 1307 todos Foram aprisionados e postos a ferros.
Daí a crença de que toda a sexta-feira 13 é um dia de azar.
Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay, e outros 5 mil cavaleiros foram
encarcerados pelos soldados do Rei Felipe.
No entanto, ao tentar apoderar-se do precioso segredo que a Ordem dos Templários
possuía no seu tesouro, Filipe VI encontrou uma decepção: a frota de navios Templários
ancorados na França desaparecera misteriosamente para nunca mais ser vista.
Finalmente, em 18 de março de 1314, Jacques de Molay, aos 70 anos de idade,
foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris.
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