SUPER-HERÓI MODERNO - "FARDA" DE UPP É SUCESSO INFANTIL
‘Farda’ de UPP é sucesso para a folia. Fantasia infantil com inscrição ‘Força Pacificadora’ é a que mais vende - POR THIAGO FERES
Rio - Nada de palhaço, pirata, melindrosa ou odalisca. A fantasia do momento numa rede de lojas de roupas infantis do Rio é a farda do Batalhão de Operações Especiais (Bope) com a inscrição ‘Força Pacificadora’, numa alusão às Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) instaladas em comunidades do Rio.
Na filial da loja na Tijuca, onde o governo do estado implantou verdadeiro cinturão da segurança — pacificando todos os morros — a fantasia é um sucesso. De acordo com a gerente, Adriana Lima, foram vendidas 40 peças em 10 dias. “O índice de venda nos surpreendeu. A fantasia está tendo mais saída que peças tradicionais”.
Moradora do Morro do Andaraí — que recebeu uma UPP —, Marluce Machado, 29 anos, procurou ontem a fantasia para o filho, Mateus Machado, de um ano. “Achei interessante, mas só faço isso porque já pacificaram onde eu vivo”, diz.
Ao preço de R$ 59,90, a fantasia na loja Silhueta Infantil inclui bermuda, camisa, colete e boina dos chamados ‘homens de preto’. Na semana passada, duas mães chegaram a discutir dentro da loja pela última fantasia no tamanho G. A rede não contabilizou quantas roupas foram vendidas nas oito lojas.
Bricando com a profissão do pai
Mãe de gêmeos, a técnica em enfermagem Cristiane Lima, 35, prevê muito trabalho nos próximos dias. Casada com um policial, os filhos, ambos com 7 anos, só aceitam sair fantasiados no Carnaval de rua do Rio se estiverem com a fantasia dos policiais das UPPs.
Ontem, ela esteve na unidade Tijuca da loja Silhueta Infantil, mas o tamanho GG da fantasia infantil estava esgotado. “Não sei mais o que fazer. Meus meninos são apaixonados pela profissão do pai, mas não estou encontrando essa fantasia em lugar nenhum”, explica.
Na tentativa de solucionar o problema da cliente, a gerente Adriana fez contato com outras filiais, mas não conseguiu arrumar duas fantasias do maior tamanho. “O jeito é esperar. Quero que chegue logo”, disse a mãe ao deixar o estabelecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário